Segundo explica o analista sénior Philip Taylor, «acreditamos que as vantagens do telemóvel como um dispositivo discreto e pessoal para ver conteúdos pornográficos foi exageradamente exposto. O valor do canal móvel será muito maior se for encarado como uma ferramenta CRM (Customer-Relationship Management) do que um meio privilegiado de distribuição desses mesmos conteúdos».
A especulação da potencial oferta de serviços para adultos nas redes móveis é, muitas vezes, baseada na premissa que serão os fornecedores deste mesmo tipo de conteúdos da Internet de rede fixa que poderão nivelá-los. A cifra de 20 mil milhões de dólares é citada como sendo uma marca atingida pela indústria da pornografia, embora a Strategy Analytics acredite que os números actuais não ultrapassem os quatro mil milhões, sendo que apenas 500 milhões sejam gerados pela vertente on-line do negócio.
O vice-presidente da empresa de consultoria, David Kerr, acrescenta: «isto é menos de metade do que se gastou em descargas de toques para telemóveis na Europa Ocidental em 2002. Acreditamos que com tanta oferta (gratuita) de serviços e produtos pornográficos na Internet de rede fixa, a procura continue a centrar-se nesse formato, esvaziando qualquer possibilidade de negócio – pelo menos para já – nas redes móveis».