7 utilidades das impressoras 3D
Estas tecnologias podem permitir a impressão 3D de órgãos, de alimentos ou até mesmo de armas.

A impressão 3D é, talvez, uma das inovações tecnológicas mais próximas do ideal futurista da humanidade. Três décadas após o surgimento da primeira impressora 3D funcional – inventada em 1984 pelo norte-americano Chuck Hill, da Califórnia -, esta é uma tecnologia versátil e com diversas aplicações em indústrias diferentes.
Entre as suas potencialidades destacam-se a capacidade de impressão 3D de órgãos (para transplantes), de alimentos e até mesmo de armas funcionais, entre outras.
Utilidades das Impressoras 3D
1) Próteses fixas
Graças às actuais tecnologias de impressão 3D, uma tartaruga marinha foi capaz de regressar ao seu habitat natural com uma nova prótese fixa. As notícias, que circularam na semana passada, indicavam que o animal havia perdido parte das suas mandíbulas (inferior e superior), o que dificultava a sua capacidade para se alimentar sozinha.
Esta questão motivou a intervenção da BTech Innovation, uma empresa de origem turca que conseguiu digitalizar o crânio da tartaruga e desenvolver uma prótese fixa feita com um tipo especial de titânio. Os resultados já deram que falar por toda a internet.
2) Prótese facial
Foi em Abril deste ano que a história de Keith Londsdale, de 74 anos, começou a circular online. Londsdale foi vítima de uma forma particularmente agressiva de cancro da pele – carcinoma basocelular – que culminou na perda do seu maxilar superior, nariz e ossos da bochecha. Ao todo foi alvo de mais de 45 intervenções cirúrgicas.
Foi através da intervenção do seu filho Scott Londsdale que, graças à combinação de tecnologias de impressão 3D com reconstrução facial, Keith recebeu literalmente uma nova cara. A nova prótese facial também teve um impacto positivo na qualidade de vida de Keith, que passou a sentir menos dificuldades em se alimentar, beber e falar sozinho.
3) Impressão 3D de órgãos
A ideia de imprimir órgãos humanos com recurso a impressoras 3D já não é nova, mas o mais surpreendente é que tem sido bem sucedida em encontrar aplicações práticas para problemas de saúde.
Na China esta aplicação foi inclusive aplicada numa cirurgia – em Guangzhou, na província de Guangdong, um paciente com cancro no fígado viu a sua vida sofrer uma mudança positiva graças à cirurgia e à sua combinação com técnicas de impressão 3D.
4) Automóveis funcionais
Chama-se Strati e é um veículo eléctrico, funcional, produzido pela norte-americana Local Motors. Foi concebido com recurso a tecnologias de impressão 3D e é composto por 49 componentes. Tanto os chassis como a carcaça constituem uma peça única, em metal, também ela impressa.
O Strati é capaz de atingir velocidades superiores a 60 km/h e de percorrer distâncias entre 190-240 km antes de requerer uma nova carga. Suporta dois passageiros e a sua construção é à base de 26 camadas de plástico negro, reforçadas com fibra de carbono.
5) Réplicas de instrumentos musicais
Neste caso em particular uma réplica funcional da guitarra eléctrica de Jimi Hendrix. Talvez não seja tão impressionante quanto um fígado artificial ou um automóvel perfeitamente funcional, mas não deixa de ser uma amostra curiosa das potencialidades destas tecnologias.
Este projecto é da autoria de Jose Moreno, estudante de Engenharia Electrónica na Universidade de Purdue, nos EUA, que foi relatando o seu progresso no Tumblr.
6) Réplicas gigantes de acessórios de moda
Se é fã de relógios (dos clássicos) e alguma vez se perguntou como seria contemplar um Rolex Submariner a uma escala de 300%, não procure mais – a resposta está nesta impressão 3D.
A criação em questão, ainda que não seja funcional, foi conseguida com recurso a filamentos 3D, um tubo de super-cola e (muita) paciência. O resultado é da autoria de Franc Falco, que retirou o logotipo da Rolex para evitar quaisquer conflitos legais com a empresa. Falco, por sua vez, disponibilizou online todos os detalhes envolvidos na impressão e montagem deste relógio.
7) Roupa
Este é um segmento ainda experimental, mas já revela que a impressão de roupa é possível. Um dos exemplos mais recentes vem da N Topology, que produziu um vestido (peça única) feito de TPU (poliuretano termoplástico), um material flexível que fica preso ao corpo do/da modelo, mas que permite executar movimentos com flexibilidade.
Também a designer Melinda Looi aderiu à tendência e criou, em conjunto com a Materialise (empresa especializada em impressão 3D), um vestido feito de milhares de peças entrelaçadas de poliamido, um material também ele flexível.
O vestido foi entretanto ‘actualizado’ com cristais Swarovski.