A Motorola e a Google não gostam de phablets

De facto, tanto a Google como a Motorola parecem querer combater a tendência dos smartphones com ecrãs gigantes. Como? Saibam aqui.

É quase impossível não reparar que a actual tendência no segmento dos smartphones é a dos ecrãs gigantes. Uma tendência que foi, aliás, inaugurada com algum sucesso pelo Samsung Galaxy Note, e que actualmente culminou não só com o lançamento da nova gama de dispositivos Samsung Galaxy Mega – um dos quais apresenta um ecrã de 6.3 polegadas – e com a propagação para outras fabricantes, especialmente no segmento dos smartphones Android. O que não invalidou que o seu grande concorrente, o iPhone, acompanhasse – ainda que timidamente – a tendência e sofresse também ele um pequeno acréscimo às medidas do seu ecrã.

Quem não parece apreciar esta moda, ou tendência, é a Motorola e por conseguinte a Google, segundo revelou a PCMag. ‘Certas pessoas gostam de um ecrã largo. Mas há um limite para [certos] consumidores que nós estamos actualmente a superar no mercado. Existem pessoas que gostam de um ecrã grande, mas também existem muitas pessoas que querem algo que tenha as medidas certas’, acrescentou o responsável pela divisão de design da Motorola, Jim Wicks, em entrevista à PCMag. ‘Eu penso que ‘as medidas certas’ são importantes e estamos a projectar de forma a não desapontarmos essas pessoas’.

A Motorola e a Google não gostam de phablets

Wicks também fez questão de partilhar a sua opinião em relação a aplicações pré-instaladas, referindo que os utilizadores não querem bloatware nos seus dispositivos e afirmando que a Motorola se irá ‘focar na simplicidade e no poder do consumidor. Wicks afirmou ainda que a Motorola está a tentar produzir os seus smartphones com o mínimo de bloatware possível. O que não deixa de ser relativamente irónico se tivermos em conta que o Android já traz, só por si, várias aplicações e serviços da Google pré-instalados, algo que deveria pesar à Motorola após a sua aquisição por parte da gigante norte-americana.

De acordo com as declarações de Wicks, a aquisição da Google deverá ter realmente impacto na produção dos seus smartphones, sendo que o primeiro dispositivo Motorola influenciado por esta aquisição será disponibilizado só durante o segundo semestre de 2013 – sobre o qual deveremos esperar um tamanho relativamente compacto, de acordo com o mesmo.

Os consumidores adoram o que o Android pode fazer por eles‘, afirma. ‘De uma perspectiva de software e UI, a nossa estratégia é abraçar o Android e torná-lo na melhor expressão do Android e da Google no mercado. Será uma versão não adulterada do Android‘.