Tanto o Facebook como a Xiaomi são duas gigantes no seu próprio mundo. O Facebook, no das redes sociais; A Xiaomi, no dos telemóveis.
[relacionadas_esquerda]O leitor pode até nunca ter ouvido falar da empresa chinesa. De facto, fora da China a Xiaomi só conseguiu angariar fama de proporções globais ao longo do último ano.
Isso não impediu a empresa de ultrapassar a LG, a Lenovo e a Huawei para se tornar na terceira maior fabricante de telemóveis do mundo. E em casa – na China – é inclusive mais popular do que a Samsung ou a Apple.
Do Facebook já se sabe. A rede social de Mark Zuckerberg fez história quando atingiu o marco dos mil milhões de utilizadores, e já é sabido que a sua grande meta é a de chegar aos 2 mil milhões de utilizadores – “the next billion“, como diz Mark Zuckerberg.
Em parte, a popularidade da Xiaomi na China – um mercado que não é muito amigável para multinacionais norte-americanas, incluindo o Facebook – pode ter captado o interesse da rede social, que teria assim maior facilidade em chegar à sua tão desejada meta.
Por sua vez, a Xiaomi beneficiaria da forte popularidade do Facebook fora da China, o que ajudaria a empresa a expandir-se para outros mercados. Uma relação com tudo para dar certo.
Mas houve um grande “mas” – primeiro, a preocupação do CEO da Xiaomi com potenciais conflitos ideológicos/políticos (um tema que na China é da maior importância). Em segundo lugar, o conflito que isso significaria para a relação da Xiaomi com a Google – a Google e o Facebook concorrem em mais do que uma frente.
O acordo nunca chegou a ver a luz do dia, mas ainda chegou a ser tema de conversa num jantar privado entre o CEO do Facebook e o CEO da Xiaomi, em Beijing, reportou a Reuters. Esta reunião já terá decorrido antes do financiamento histórico da Xiaomi, célebre por ter reunido 1100 milhões de dólares.