Acer N35 GPS
Por um preço convidativo o «Pocket Chauffeur» está capacitado para servir a função que lhe é atribuída: como instrumento auxiliar da condução, para navegação na estrada. Neste review abordaremos ainda o universo actual do GPS aplicado aos Pocket PCs, tendo em vista auxiliar o potencial comprador na sua escolha.
CARACTERÍSTICAS:
Ecrã: TFT QVGA (320×240 pixéis), 3,5 polegadas, capaz de 65 mil cores
Memória: 64 MB RAM, 32 MB ROM Flash
Processador: Samsung S3C2410 a 266 MHz
Dimensões: 120 x 72 x 20 mm para 165 gramas de peso
GPS:. Sirf II c/ Xtrac2. 12 canais. Início a frio: 55 seg. Intermédio: 35 seg. A quente: 8 segundos. Reaquisição de sinal: 1 seg. Ligação para antena externa opcional.
Bateria: Inamovível. 1000 mAh
Acessórios extra incluídos: Braço articulado para montagem em viatura, com ventosa e carregador/adaptador de isqueiro.
O melhor: Preço muito competitivo; o facto de o pacote vir completo com todos os acessórios.
O pior : Memória e capacidade de processamento como PDA moderadas; falta de opções de conectividade.
Conclusão: Modelo convidativo, capaz de servir ao melhor custo a função para que está vocacionado: como instrumento auxiliar da condução, para navegação na estrada, planeamento de rotas e fornecimento de instruções por voz.
Índice deste artigo: |
O Acer N35, cognominado pelo fabricante «Pocket Chauffeur», é um PDA que se distingue por incluir um módulo GPS permitindo como tal conjugar o melhor de dois mundos: a portabilidade e a capacidade de computação de um Pocket PC com a versatilidade dos serviços de georeferência.
Aplicado ao auxilio da condução, o N35, que é fornecido numa de duas opções (com e sem o software de navegação Destinator), substitui assim vantajosamente os sistemas GPS onboard, tipo Navteq, que equipam algumas viaturas topo de gama, permitindo a qualquer condutor ter no seu automóvel um sistema avançado para planeamento de rotas e apoio nas veredas desconhecidas da estrada, mediante instruções de voz.
Para o efeito, no pacote que acompanha o PDA, a Acer fez menção de incluir dois utensílios especialmente práticos: um braço articulado, com ventosa (bastante semelhante às populares soluções Arkon, que permite montar o PDA na viatura, seja por fixação universal, interior, ao vidro do pára-brisas, seja a qualquer outra superfície lisa do tablier), e um adaptador/carregador para isqueiro, importante sobretudo para viagens longas (superiores a um par de horas), quando a energia da bateria do PDA se revele insuficiente para o manter a funcionar toda a extensão do caminho.
Trata-se pois de uma solução completa, oferecida a um preço extremamente competitivo que a condena ao sucesso. Um sucesso que segue, aliás, no trilho de dispositivos análogos de outras marcas, de entre as quais o mais conhecido é provavelmente o Mitac Mio 168, no mercado já há algum tempo e um dos modelos handheld mais vendidos a nível mundial.
Juntar um PDA a um GPS não é efectivamente uma ideia original; a possibilidade existe há algum tempo, também através do uso de uma unidade de GPS dedicada, via bluetooth ou pela acoplação de módulos GPS que se podem ligar ao PDA tanto pela interface SD como, mais comum, CF.
Sucede que este tipo de unidades externas orçam em norma preços na casa dos 150-200 euros (em acréscimo ao preço do PDA). Agora, por apenas 300, o N35 vem oferecer uma solução completa: PDA + GPS incluído + acessórios para montagem em viatura (que por si só custam, adquiridos em separado, no mínimo 60 euros).
Por mais cem euros o utilizador obtém ainda obter o software de navegação Destinator(versão 3.075) num cartão SD de 256 MB, que, prescindindo do pacote Acer, também pode, de outro modo, optar por adquirir separadamente (durante o nosso teste experimentámos, sem quaisquer problemas, entre outros, os softwares equivalentes Via Michelin Map Sonic, Mapopolis e TomTom, testemunhando a sua perfeita compatibilidade com o Acer N35).
A relação qualidade preço do N35 é portanto muito favorável e só não é maior porque, como PDA, e para outros fins, as suas capacidades são bastante limitadas: apenas 64 MB de memória e um processador Samsung com uma velocidade de relógio de 266 MHZ (reputado por, apesar de tudo, superar a prestação dos processadores Xscale da Intel a 300 MHZ)
Em alternativa, como puros PDAs, e abstraindo o GPS, dentro da gama Acer, o utilizador pode comprar a inclusão de bluetooth e da possibilidade de utilizar o PPC como USB host, para controlar um periférico (Acers N30, N50 e N50 Premium) bem como memória e processadores de velocidade acrescida e Wi-Fi (Acers N50 e 50 Premium).
(*IVA incluído – tabela de preços recomendados pela Acer para Abril 2005)
Pacote 1 (oferta Acer): Acer N35 (GPS embutido + braço para montagem em viatura e adaptador isqueiro) = 329 euros
Pacote 2 (oferta Acer): Acer N35 [(GPS embutido + braço para montagem em viatura e adaptador isqueiro) + (SD-Card de 256 MB + Software Destinator com mapas da Península Ibérica) ]= 429 euros
Pacote 3 (oferta Acer): Acer N30 (equivalente ao N35 mas com bluetooth e capacidades USB host) + braço para montagem em viatura e adaptador isqueiro + GPS bluetooth RoyalTek + Cartão SD-Card de 128 MB + Software Destinator com mapas da Península Ibérica) = 479 euros.
Pacote 4 (alternativa possível, especulativa, a título de comparação, de solução construída pelo utilizador, com aquisição separada de componentes) : Acer N30 (equivalente ao N35 mas com bluetooth e capacidades USB host) com SD 256 MB, adquirido à Acer + GPS clip-on Fortuna bluetooth (Chip Sirf LII equivalente aos do Acer N35 ou do RoyalTek 1010 + firmware Xtrac) + Kit Montagem viatura Arkon com alimentação e braço com ventosa) + Software Destinator adquirido directamente com mapas do continente europeu = 319 + 178,95 + 60 + aprox. 120 = 677,95 euros
Dos cenários acima resulta a confirmação da boa relação qualidade/preço do N35.
Com a convergência crescente e a adopção de muitas das suas funcionalidades nos telefones móveis (vejam-se os Qtek pela banda do PPC e os Treos pela banda da Palm) o mercado dos PDAS está em contracção comedida; como «Personal Digital Assistants», isto é, agendas pessoais capazes de funções avançadas de gestão de tempo e organização de contactos, eles têm vindo a perder identidade e terreno.
A sua utilidade marginal deve assim ser procurada em funções de outro tipo: mediante a exploração da sua superior memória e capacidade de processamento face aos smartphones, de um lado, e pela dimensão em norma mais generosa dos seus ecrãs TFT (ainda que, no plano da cor, os telefones, com os 252 mil a generalizarem-se contra a norma das 65 mil nos PDAs, comecem já também a levar a palma), do outro.
Ora, o GPS é precisamente uma daquelas áreas que pode levar alguém, de outra forma pouco inclinado para comprar um PDA, a mudar de ideias.
É certo que, via bluetooth, já existem algumas soluções disponíveis (por exemplo o TomTom Mobile), em particular para o Symbian série 60 dos Nokia; mas o certo é que o sistema operativo Pocket PC conta com um número muito maior e mais versátil de aplicações GPS.
Softwares como o GPS Tuner e o OziCE, que permitem, na ausência de um mapa em formato digital (problema comum para o território português, de uma forma geral coberto em pouco detalhe pelas duas grandes empresas que, por detrás da miríade de soluções finais, se ocupam em coligir os mapas: a Navteq e a Teleatlas) que o utilizador simplesmente use um scanner para digitalizar qualquer mapa de papel, calibrando-o e subsequentemente usando-o no seu PPC, georeferenciado, com níveis de detalhe que podem ser impressionante, consoante se adquiram por exemplo as excelentes cartas militares do IGEOE – Instituto Geográfico do Exército (por cerca de 5 euros a unidade). A uma escala de 1/25000 estas exibem um pormenor e uma facilidade que jamais será possível doutra forma, com o pouco software que existe para telefones móveis.
Face ao GPSr dedicados, mormente dos fabricantes Garmin e Magellan, pese embora estes disponibilizarem – em função e com o limite da capacidade e memória próprias de cada modelo -, eles também, soluções de navegação com mapas, o certo é que o que anteriormente se disse continua perfeitamente válido.
Não só os mapas existentes para GPSr são menos detalhados como os próprios modelos com capacidade para os usar acabam por ser mais caros do que um PDA, com a desvantagem extra de em norma de terem resoluções de ecrã, capacidades de reprodução de cores e limites de memória crassamente menores (com um cartão de memória SD o Acer N35 pode facilmente chegar ao 1 GB).
Pela negativa, face a uma unidade GPSr, um PDA tem a evidente desvantagem de ser mais frágil e menos prático de usar no terreno, inclusive por, ao contrário do que já sucede com a maioria dos GPSrs, não ser estanque nem suportar bem as chuvadas a que o utilizador facilmente pode ter de fazer face, por exemplo numa caçada de geocaching – embora isto possa ser contornado com a aquisição suplementar de caixas protectoras (por exemplo, para o PDA Loox 720 da Fujitsu Siemens está disponível, por cerca de 120 euros, uma excelente Bump Case).
Existem basicamente três alternativas para tirar partido das funcionalidades GPS num PDA:
1 – Os PDAs que já têm GPS incluído, como é o caso do Acer N35, normalmente reconhecíveis pela antena retráctil sobre a sua metade posterior. Têm a vantagem, no transporte, de serem «dois em um» e de dispensarem o dispêndio com a aquisição de uma unidade GPS periférica (em norma mais cara).
2 – Optar por comprar um GPS bluetooth, usando-o como periférico de um PDA que esteja dotado desta tecnologia (nesta senda, dentro da oferta Acer, destaque-se ainda a existência do pacote N30 + GPS BLUETOOTH + cartão SD 128MB por 479 euros).
3 – Optar por adquirir um módulo GPS, usando a título de expansão as ranhura SD ou CF, comuns e disponíveis em muitos PDAs. A desvantagem neste caso é a óbvia saliência.
Em qualquer caso, o utilizador terá de lidar com o acréscimo adicional de consumo de energia gerado, seja pela ligação permanente do bluetooth (no segundo caso), seja pelo consumo energético da própria unidade GPS que onerará directamente a bateria do PDA (no primeiro e terceiro casos).
As vantagens de um GPS bluetooth, por outro lado, são pelo menos duas: o facto de a unidade ser mais versátil, permitindo o seu uso não só com o PDA mas ainda com qualquer outro computador portátil; por outro, a questão destas unidades terem bateria própria (com uma autonomia em regra na casa das 8 horas).
As soluções GPS para uso com PDAs usam maioritariamente chips SIRF, empresa sedeada na Califórnia, numa de diversas versões, mas com predomínio dos SiRFstarIIe/LP, versão especialmente concebida para um consumo energético reduzido.
Há poucas semanas a SIRF introduziu ainda no mercado o SIRF III, o qual já está a ser comercializado neste momento com unidades bluetooth (Globalsat B338 e Holux GPSlim236 à cabeça, estando também já anunciados para breve modelos das marcas Guideteck, entre outras). A vantagem do novo SIRF III passa pela sua superior sensibilidade/capacidade de receber o sinal GPS e adquirir um «Fix» em ambientes em que as «sombras» do sinal, introduzidas pela proximidade com edifícios altos e ou folhagem fechada, o tornariam antes impossível.
O SIRF III tem ainda por comparação com o SiRFstarIIe/LP a vantagem de poder usar até 20 canais paralelos, ao invés de apenas 12. Os «canais» aqui reportam-se ao número de sinais dos diferentes satélites da constelação GPS (num total de 29), em órbita móvel, que estão simultaneamente visíveis num dado local sob a superfície do globo.
Em teoria quanto maior for o número de sinais captado em simultâneo maior será a precisão.
Na prática, e uma vez que em momento ou local algum, na realidade, estão visíveis mais de uma dúzia de satélites esta vantagem acaba por ser mais um truque de marketing do que qualquer outra coisa.
Outra das especificidades do SIRF III, esta desfavorável, é o facto de, ao contrário do SIRF II, nenhuma das implementações até agora comercializadas suportar o SBAS ( Satellite-Based Augmentation System ); sistema análogo ao GPS diferencial, mas com a transmissão do sinal via satélite, que pretende aumentar a precisão da localização GPS mediante um processo de correcção de erro que a deverá elevar dos cerca de 10-15 metros «normais» para cerca de apenas três, assim seja colocado em funcionamento (o SBAS existe em basicamente duas versões: o WAAS, norte-americano, e o EGNOS, europeu, este último num regime permanente de adiamento de entrada em funcionamento mas que se espera, segunda a última calendarização, venha a estar disponível ainda este Verão).
Neste momento, portanto, a opção entre os SIRF II e III passa – tendo presente o fim em vista a dar ao GPS – pela ponderação da maior exactidão potencial do primeiro, assim o EGNOS possa ser usado, contra a superior sensibilidade na aquisição de sinal do segundo.
Como via intermédia, é ainda possível optar por uma terceira solução de compromisso: as soluções dual-mode, disponíveis mormente através do fabricante da Formosa Fortuna mediante os seus modelos Clip-On Bluetooth GPS e PocketXTrack que basicamente conjugam um chip SiRFstarIIe/LP com o firmware Xtrac, o qual, com alguma degradação de performance e redução de precisão, permite ainda assim adquirir um «fix» em condições adversas. A desvantagem, infelizmente, é que a alternância entre os dois é manual e obriga o utilizador a rodar um botão.
Conforme já fizemos menção, o Acer N35 está disponível numa de duas versões: com ou sem software de navegação (por uma diferença de preço de 100 euros, que incluem ainda o cartão SD de 256 MB em que este vem instalado). No segundo caso, o software que acompanha o N35 é o Destinator, em versão 3.075, o qual deveria utilizar os mapas Navtek mas, na realidade, tem sido lançado com versões TeleAtlas – com uma qualidade, aliás, em nada inferior.
Caso opte por comprar o PDA sem software de navegação incluído, o utilizador não é porém obrigado a optar pelo Destinator. Conforme já escrevemos, durante o nosso teste usámos com sucesso as soluções concorrentes TomTom, Via Michelin Map Sonic e Mapopolis, entre outras, sem qualquer espécie de problema (se o software não detectar automaticamente o GPS basta indicar-lhe manualmente para o procurar na COM8).
O Destinator é uma solução capaz e com provas dadas a cuja escolha por parte da Acer nada haveria a obstar para o cliente ficar bem servido não fora, porém, o pormenor do sistema menos feliz que se consagrou para salvaguardar que o programa e respectivos mapas seriam usados com o terminal com que foram comprados e apenas com este (de outro modo, normalmente, as licenças adquiridas à Destinator podem migrar de um PDA para outro – assim o utilizador «reforme» o primeiro – procedendo à activação/migração da licença em linha, na página da Destinator).
Assim, para facilitar a vida ao utilizador adoptou-se uma filosofia de plug and play ou, no caso, «meta o cartão de memória e comece a navegar imediatamente» traduzida no facto de, concomitantemente aos dois CDs que vêm na caixa, e incluem mapas para a totalidade do continente europeu, o próprio cartão SD de 256 MB incluir mapas da Espanha e Portugal, associados a um sistema de autorun que faz com que, introduzido pela primeira vez o cartão no PDA, sem intervenção do utilizador, automaticamente se instale e fique disponível o software.
Até aqui tudo bem, nada a opor; parece-nos uma óptima ideia, inclusive com a vantagem de, vindo o software no cartão no cartão SD, permitir que a personalização para os diversos países onde o terminal é vendido seja mais simples – basta à Acer fazer variar os mapas que inclui no dito cartão (incluir a Europa toda estaria fora de causa, a sua dimensão excede várias vezes o tamanho do cartão).
A desvantagem deste sistema tornou-se porém evidente, na experiência que tivemos, quando se constatou:
1 – que a versão do software e mapas que vinham no cartão SD (3.075 – a última e mais completa) são diferentes das dos CDs (3.065);
2 – que o garante do registo assenta numa protecção exclusivamente em formato electrónico, directamente no cartão, não se podendo apagar nem formatar este (o que só vem explicado em letra miúda num dos manuais e facilmente só se descobre tarde de mais);
3 – que apesar de, na realidade, não ser necessária uma chave de activação, a primeira vez que se corre o software este adopta um comportamento padrão e sugere que se faça o registo remetendo o utilizador para o sítio da Destinator;
4 – que uma vez feito o registo no dito sítio em linha mediante a license key constante na primeira página do manual* (e não no CD, o que por si próprio não é imediatamente perceptível pelo utilizador) o utilizador descobre que afinal não precisa da activation key para nada.
[* normalmente o que sucederia seria o seguinte: usando a License key constante no CD o utilizador dirigir-se-ia ao site da Destinator onde o introduziria, junto com o Device ID entretanto gerado, obtendo depois uma Activation key que, de volta ao PDA, lhe é pedida e deve ser introduzida, licenciando assim o uso dos mapas. Neste caso, quando vai ao site da Destinator e introduz a key (o device ID não lhe chega a ser pedido) o que o utilizador imediatamente recebe é a informação «Not Required» (Activation Free Device); ou seja não é necessária a chave, uma vez que o sistema está dependente do cartão de memória. Assim sendo, sugeri-mos nós, melhor seria que o software explicasse isto claramente ao utilizador, ao invés de assumir um comportamento padrão que no caso – vem-se a constatar depois de alguma perda de tempo – não se aplica];
5 – que uma vez instalado o software no PC, a partir dos CDs, optando o utilizador por exportar ou reexportar um mapa para o telefone o interface no PC o avisa que descobriu no PDA uma versão antiga do software (na realidade é incorrecto e o inverso: a versão do CD é que é anterior);
6 – que um vez reinstalado o software no cartão, por sugestão do próprio na aplicação que corre no PC, os mapas deixam de funcionar (presumivelmente, razoamos nós, porque, ao alterar a versão do software no cartão, a licença que também nele consta e lhe deve ser automaticamente associada deixa de funcionar ).
7- que se o utilizador cair no erro de – passo seguinte – tentar resolver o problema apagando os mapas todos do PDA e importando-os de novo do CD está «tramado» (de facto, mais tarde pode tentar voltar a instalar o software a partir do cartão com o autorun, mesmo com sucesso, mas o programa vai-se queixar de que os mapas – que já não são os que originalmente vinham com o cartão – estão corruptos);
8 – que na realidade não existe maneira de instalar o software a partir dos CDs (que aparentemente não servem para rigorosamente nada) , independentemente do cartão, uma vez que a licença de uso oferecida é uma versão sui generis atípica;
9 – que é assim, reforçamos, de todo impossível formatar o cartão SD ou apagar a informação original que nele vem;
10 – que uma vez feito o anterior inadvertidamente o utilizador fica, de facto, sem possibilidade de usar o GPS com o Destinator, a menos que opte por comprar do seu bolso nova versão do software.
Confrontado com o problema entretanto criado pelo utilizador (supra), a assistência Acer remeteu-nos, na condição de clientes, para o serviço de apoio da Destinator (no Reino Unido).
Fizemos o que nos foi sugerido, explicámos a situação e o certo é que até hoje não obtivemos qualquer resposta da Destinator…
Ou seja, e em suma: o Destinator é um bom software que vale o dinheiro que custa sendo porém que, no caso, o utilizador que o adquiria em pacote com o seu Acer N35 deve, para evitar aborrecimentos, reter esta regra de ouro: NÃO SE PODE APAGAR NEM ALTERAR AS VERSÕES DO SOFTWARE E OU DOS MAPAS QUE VÊM NO SD-CARD.
Deveriam porventura ter sido melhor acautelados por parte da Acer os interesses do utilizador mais canhestro e apressado em explorar o seu novo PDA, o qual facilmente mexe, apaga e altera primeiro e só percebe o que fez depois.
Como é sabido a precisão com que um GPS fornece as coordenadas de um dado local não depende exclusivamente de si próprio nem tão pouco das qualidades do seu hardware e ou software. Passa ainda também por diversas outras variáveis de entre as quais a geometria da própria constelação de satélites no momento da leitura (da sua posição – dinâmica e variável, uma vez que todos os satélites estão em permanente movimento – entre si e relativamente ao utilizador e respectivo horizonte.), a proximidade de elementos capazes de degradar o sinal (prédios, árvores, electrodomésticos que gerem campos magnéticos.), os erros próprios de cada satélite (no cálculo da posição face aos seus demais congéneres, no tempo que usa.) e assim sucessivamente.
Assim sendo, não é fácil testar a «precisão» de um dado GPS. Para esse efeito, quando em discussão estão diferenciais mínimos, nem tão pouco é absolutamente seguro comparar os resultados de dois GPS entre si, obtidos no mesmo local em momentos diferentes (a origem do erro pode estar no próprio sistema – para a comparação ser válida seria necessário que os mesmos satélites estivessem no mesmíssimo local das suas órbitas e posições relativas relativamente ao utilizador).
A única forma de fazer obter um juízo válido é fazer uma comparação sistemática de leituras ao longo de tempo, de preferência cotejadas com e numa posição conhecida de antemão e com precisão.
Outra aproximação possível ao problema da «precisão» dos GPS é através da óptica da coerência e sistematicidade das leituras/interpretação do sinal recebido. Assim, em campo aberto, longe de obstáculos próximos ou perturbações magnéticas, experimentámos o N35 usando a utilidade para isso inclusa no conhecido software GPS Tuner, v. 3,6, «Get Precise Location» (que basicamente o que faz é a média aritmética de até 500 leituras de posição sucessivas, calculando a margem de erro pelo desvio médio a esta), através da qual podemos constar que o PDA saiu-se bem, com uma precisão contínua de 0 metros em 300 leituras sucessivas e consecutivas ao longo de cerca de cinco minutos (ou seja: usando combinações de satélites ligeiramente divergentes, ao longo do tempo, indicou o mesmíssimo valor para a localização em trezentos cálculos diferentes).
De resto, em termos absolutos, os resultados que pudemos testemunhar andaram em linha com o que a marca reclama: uma precisão de 10 metros em 90% dos casos, muito em função do relevo e obstáculos circundantes; mas certamente segura quando em campo aberto.
Em ambiente urbano a norma do Acer é empregar 3 a 4 satélites na definição das coordenadas; sendo que em ambiente rural esse valor sobe para cerca de 6-7, podendo mesmo, episodicamente, atingir o uso simultâneo de 10 satélites.
O início a frio do GPS, que segundo as especificações, deverá durar 55 segundos, ultrapassa por vezes bastante este valor.
acer n35 gps
Report
Spb Benchmark Indices
Spb Benchmark index* | 1318.79 |
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Main test was not done
Main test results
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Storage card test was not done
Storage card test results
Storage card “ROM Storage”
Speed index = 338.9
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Storage card “SD-MMC Card”
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Battery test results
Battery test “Max backlight, video playback”
Battery life time: 3 hours 59 min
Battery test “Max backlight, GPS”
Battery life time: 2 hours 12 min
Os modelos Acer são correntemente um factor a ter em consideração na equação de qualquer potencial comprador de um PDA, mercê do seu bom preço. Com GPS os pacotes disponíveis são ainda mais interessantes.
Sobre o N35 é apenas de lamentar que, como PDA, as suas capacidades sejam bastante limitadas. Para esse efeito, o N30, com capacidades de processamento, memórias RAM e ROM equivalentes, mas com a flexibilidade do bluetooth incluso e da possibilidade de agir como USB host, pode ser melhor opção para o utilizador que pretenda um uso mais versátil (por mais 50 euros, com perda embora de 128 MB na dimensão do SD-Card).
Quem, de facto, pretenda usar o N35 prioritariamente apenas para auxílio à condução, com software de navegação, na estrada, concluirá que se trata de uma solução extremamente económica e perfeitamente capaz, pela qual poderá optar sem grande hesitação.
De resto, o volume do áudio do N35 é perfeitamente suficiente para o objectivo proposto, mormente ouvir as instruções por voz; o ecrã exibe a qualidade que seria de esperar, embora não possa fazer milagres quando directamente confrontado com a luz mais viva do Sol; a inclusão do joystick é de saudar; os dois botões laterais revelam-se úteis (por exemplo, aquando da visualização dos mapas de estradas, para fazer zoom in e zoom out); a bateria dura sem problemas duas horas com o GPS e o ecrã simultânea e permanentemente ligados.
De outra forma, falando de preços, em alternativa, um PDA com ecrã VGA e um GPS CF ou BT fica substancialmente mais caro.
O Acer N35 (incluindo kit para viatura e GPS), sem o software no cartão SD 256MB, vende-se por aí, ao melhor preço, por 308 euros (já com IVA).
Um Dell Axim 50v custa 370 euros + IVA (comprado à Dell, que só vende a empresas, vindo de Espanha); um Fujitsu Loox 720 custa cerca de 500 euros ao melhor preço. Como solução alternativa, a estes valores (PDAs «expeditos» com ecrã VGA) há a acrescentar o preço do GPS (entre 100 e 200 euros – para ser «bom», mais próximo do segundo valor*) + o adaptador de isqueiro e o braço/suporte (num total de pelo menos 60 euros).
Em alternativa, é possível comprar um PDA veloz, mas de resto equivalente, com boa memória, bluetooth e Wi-Fi, mas sem ecrã VGA, por menos 120 euros: o Acer N50 Premium (processador 520MHZ, 128 MB Ram, 64 Rom), por cerca de 380 euros.
Em qualquer caso, a conclusão é a de que o diferencial «acréscimo de preço» (entre o dobro e o triplo para a «solução óptima»: um bom PDA com GPS externo) é muito superior ao «acréscimo de utilidade».
Para correr o Tomtom, o Destinator e similares o N35 serve perfeitamente; porém, com o GPS Tuner, por ex., nota-se uma demora irritante em carregar ficheiros de waypoints, a mesma coisa para ampliar imagens…
Com o OziCE, não se sabe exactamente se por culpa do do software se da falta de memória/capacidade de processamento do PDA, se das duas coisas juntas, é comum os mapas ficarem num embróglio.
Finalmente, comparativamente com um GPSr de «entrada» (por exemplo o Magellan SportTrak ou o Garmin GPS 60 – por cerca de 220-240 euros cada), por apenas mais 80 euros, o N35 é uma opção infinitamente melhor e mais flexível.