Adblock, ou como ganhar dinheiro com publicidade online bloqueando publicidade online
O AdBlock propôs ao Twitter uma parceria onde permitiria a exibição de publicidade online que respondesse a certos critérios
- Lauro Lopes
- 07/10/2013
- Internet, Social Media, Tecnologia, Twitter

Se conhece o AdBlock, muito provavelmente conhece o conceito por detrás desta extensão acessível para muitos navegadores de internet: a de bloquear publicidade online. A sua popularidade poderá ser uma má notícia para websites que pretendam continuar no activo rentabilizando a sua presença online, já que a sua eficácia bloqueia uma enorme percentagem de anúncios e lim,ita a possibilidade de gerar receitas online – e mesmo gigantes como o Twitter, que recentemente anunciou a sua entrada na bolsa, têm motivos para não apreciar a funcionalidade da extensão.
Numa curiosa reviravolta, o AdBlock realizou uma proposta interessante ao Twitter onde propôs a exibição de anúncios que a empresa aprecie em troca dos mesmos não serem bloqueados. Com a entrada em bolsa da rede social dos 140 caracteres, a chegada de publicidade em diversos formatos, segundo a empresa deu a entender, será praticamente inevitável. Recentemente também o Instagram anunciou que iria passar a exibir publicidade aos seus utilizadores.
A proposta passaria por uma parceria onde estaria assegurado que o Twitter só exibiria ‘bons anúncios’, ou anúncios que teoricamente as pessoas não se importassem de ver online. Embora pareça uma assunção algo presunçosa, este não seria o primeiro acordo que o AdBlock realizaria sob os mesmos termos e condições.
A extensão conta com mais de 50 milhões de utilizadores e conta, entre os seus parceiros, com websites como o Reddit para permitir a exibição de alguns anúncios considerados “aceitáveis”. E o que é publicidade aceitável, segundo o AdBlock? São anúncios que não surjam em pop-up, por debaixo, não pisquem, não se disfarcem de conteúdos real, que se identifiquem como anúncios e afins. Mas não só, aparentemente.
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“Anúncios aceitáveis não roubam os nossos IPs, nem recolhem todo o nosso histórico de navegação. Anúncios aceitáveis não nos inundam com perseguidores de cookies nem revendem os nossos dados a outras empresas”, afirma a empresa.
As exigências, embora fazendo sentido da perspectiva do utilizador, poderão não ser do agrado do Twitter, que pretende basear-se na análise à actividade online dos seus utilizadores para poder permitir que os anunciantes na sua plataforma possam redireccionar os anúncios de forma mais eficaz.
Se bem que o AdBlock apresente alguns argumentos interessantes, embora não tenhamos a certeza se convincentes, ao Twitter: “Os utilizadores do Twitter não seriam bombardeados com publicidade obnóxia, que se sentem na obrigação de bloquear. Por outro lado, os vossos anunciantes poderiam alinhar as suas mensagens de forma mais eficaz, sem a necessidade de usar publicidade irritante para transmitirem as suas mensagens”.
Concorda? Como olha para o segmento da publicidade online? E para a proposta do AdBlock ao Twitter? Diga-nos o que acha!