A loucura das mensagens escritas nos telemóveis continua a dar que falar. É, sem dúvida, a galinha dos ovos de ouro das operadores de comunicações móveis, em todo o mundo. Independentemente da região do globo, as SMS pegaram de estaca e cada inovação anunciada é um motivo para fazer crescer água na boca daqueles que fizeram das mensagens escritas um sucesso: os adolescentes. No Reino Unido, mais concretamente em Inglaterra e na Irlanda, foi feito um estudo para se conhecer a verdadeira receptividade às mensagens escritas animadas entre os adolescentes. O resultado não podia ser mais animador: em 1200 inquiridos, 96% respondeu estarem ansiosos por ter à sua disposição essa nova modalidade de mensagens. Mais. Se pudessem disfrutar de SMS animadas, a sua regularidade de envio seria entre três a cinco vezes por semana, segundo responderam 72% dos inquiridos. Também conhecido como FunMail text-to-animation, este é um sistema que funciona em determinados serviços de mensagens, entre eles no i-mode assim como no GPRS, e permite ao utilizador enviar sequências animadas de qualquer tipo de imagem. Este tipo de mensagens, EMS (Enhanced Messaging Service), irá tornar-se ainda mais popular que o já famoso SMS, conseguindo um significativo volume de negócios para os operadores mundiais de telecomunicações móveis. Ainda para mais com a evolução para os displays policromáticos, a que se assiste no mercado dos telemóveis. Actualmente são enviadas, por mês e em todo o mundo, cerca de 20 mil milhões de mensagens escritas entre telemóveis. Com a chegada do EMS, a quantia lucrada com este novo serviço poderá chegar, num prazo de um ano e meio, aos 6 mil milhões de dólares. A estes números não ficaram indiferentes a Ericsson, a Motorola, a Philips e a Alcatel que já confirmaram lançamentos de modelos com suporte para EMS para o último trimestre de 2001. Apesar das incertezas provocadas pelo sistema UMTS e a sua inauguração, as marcas de telemóveis vão aproveitando a vasta tecnologia ao dispor das telecomunicações móveis para piscar o olho às operadores. Afinal, são os fabricantes de aparelhos que têm de dar às operadores, aquilo que os clientes tanto desejam. E 6 mil milhões de dólares é um número difícil de esquecer e grande demais para ser ignorado.
