AEG/Sendo D800
A chegada de uma nova marca ao mercado é algo que nos deixa sempre curiosos. Com a Sendo, que irá ser distribuído em Portugal “disfarçado” de AEG, a situação não foi muito diferente.
À primeira vista é um telefone esteticamente bonito, arredondado, e o único senão será o facto de ainda ter antena exterior. Mas com o tempo, e com a filosofia de alta personalização levada a cabo pela Sendo, pensamos que esta acabará por ser suprimida.
A Sendo, por ser uma empresa jovem, criada em 1999, aproveitou-se do facto de grande parte da tecnologia já estar desenvolvida, e de certa forma foi buscar o melhor de cada um. Nomeadamente Nokia e Ericsson.
O primeiro passo foi carregá-lo. Logo aqui uma semelhança. O carregador é igual aos da Ericsson. Quando desligado,e a carregar, duas enormes pilhas aparecem no ecrã mostrando a progressão do carregamento.
Quando se liga, as letras da palavra Sendo circulam pelo ecrã até formarem o nome da marca. Por aqui se começa a perceber que a Sendo se preocupou em pôr tudo a mexer. Introduzido correctamente o Pin, um portão abre para que possamos disfrutar tudo o que bom este modelo possui.
O processo foi rápido. Menu principal. Aqui, e quem tem, ou teve um Nokia percebe perfeitamente, a identificação é imediata. Canto inferior esquerdo aparece o atalho para o menu. Lado direito: nomes. Tudo numa fonte igual, ou pelo menos gémea daquela usada pela marca finlandesa. E as semelhanças não se ficam por aqui. Tudo no menu faz lembrar um Nokia. Desde o menus animados à forma de navegação, simples e intuitiva. E para que não restem dúvidas, podemos dizer que apenas passámos os olhos no manual. Um senão, as teclas para correr os menus estão colocadas na parte local do telefone, e por azelhice só reparámos nelas quando reparámos que à frente nada fazia correr os menus.
Nada no Sendo D800 é 100% original, excepção feita aos ícones dos menus, bastante atractivos e que tornam a navegação fácil e divertida. Mas originalidade é algo que no mundo dos telemóveis já vai sendo dificil. Mas este modelo, o que faz é aperfeiçoar inspirando-se no que já está disponível. E como o fazem bem.
Este modelo não tem WAP. Para uns um ponto negativo. Para nós, uma dor de cabeça a menos. Possui uma agenda bastante prática que nos é apresentada em forma de calendário, que após se escolher o dia em questão, aparece-nos o ecrã em branco para escrevermos uma nota, e, feito isto é só escolher se queremos ser lembrados diariamente ou apenas no dia em questão.
A bateria Li-Ion garante-nos uma autonomia confortável. As 300 horas não ficaram totalmente provadas, porque as chamadas são inevitáveis. Mas por certo que não deve estar muito longe disso.
Mas as funcionalidades do D800 não se ficam por aqui. O T9 garante SMS simples e predictivos. As chamadas perdidas podem ser consultadas pressionando o botão superior lateral. A tecla inferior leva-nos até à lista telefónica, com capacidade para 100 números. Se usar a porta de infravermelhos poderá expandir essa capacidade. Para os fanáticos dos jogos, a Sendo apresenta um leque de quatro jogos pouco vistos em telemóveis: Scizzors, jogo de pouca ciência mas extremamente divertido; Quaddro, conhecido entre nós por Quatro em Linha; Splash, onde a sua rapidez e dotes de canalizador serão postos à prova. E FlipIT, vulgo Solitário (mas não o de cartas). Possui ainda outras características típicas dos telefones que usamos, como sejam VibraCall, porta IrDA, e uma variedade de toques de deixar qualquer de queixo à banda, entre outras já referidas.
A grande aposta da Sendo, a julgar pela apresentação em Lisboa, aposta na personalização. De tal modo que a pedido, e enviando uma foto em formato Jpeg, pode fazer do seu Sendo um objecto único, só seu.
O Sendo D800 é o telemóvel mais leve disponível no mercado. 68 gramas. Acreditem, é mesmo muito leve, e junta isso a um tamanho adequado a qualquer bolso, com 102x44x19 mm de tamanho, autonomia de 300 horas em stand-by e 3 horas em conversação.
Começamos esta apreciação final com o único ponto negativo do telefone. O encaixe do cartão SIM. É fácil de encaixar, mas o sistema falha porque o cartão não está protegido por cima, ou seja, encaixe e possui uma patilha de lado que não tem a força suficiente para o manter sempre estável. Resultado? O cartão tende a saltar. E depois é tirar bateria, encaixar cartão e voltar a ligar. Uma situação a ser revista.
Mas o lado positivo é imenso. Bonito, intuitivo, fácil e agradável de usar. Parece-nos que a Sendo tirou todo o supérfulo e apostou na funcionalidade. De facto, ao contrário de outros telefones já testados, usámos e abusámos das suas funcionalidades. Todas, sem excepção. Parece que foi feito à medida deste vosso escriba. Brilhante.
Uma última nota: o Sendo D800, que em Portugal será distruibuído pela AEG, estará primeiramente disponível para os clientes da Telecel, mas tudo indica que brevemente todas as redes o terão nas suas fileiras.