Alcatel 511: as aparências iludem

Ver e ouvir o Alcaltel One Touch 511 pode dar uma ideia errada do telemóvel. O toque é fundamental na avaliação.

O modelo 511 da marca francesa tinha tudo para ser um telemóvel de sucesso. É pequeno, leve (75 gr), cores disponíveis atraentes, bateria de lítio com autonomia para seis horas de conversação ou 280 horas em standby , toque polifónico com oito instrumentos em simultâneo, compositor de toques, antena interna, informação dos índices de radiação, suporte para EMS, tampa amovível para substituição, novos jogos e até um teclado bastante agradável ao toque.

Mas é precisamente neste capítulo (do tacto) que as boas referências caem por terra. O Alcatel 511 é feito de um material com, aparentemente, muito pouca resistência. E quando se insere o cartão SIM no telemóvel é que se descobre de onde vem as 75 gramas de peso. Até a bateria é uma autêntica pluma! Só que o peso, neste caso, não rima com robustez, que é coisa que não transpira neste modelo.

No que diz respeito ao software, a Alcatel esforçou-se por apresentar um modelo razoável e em alguns aspectos até conseguiu colocar-se em pé de igualdade com a restante concorrência. E não nos referimos ao WAP versão 1.1, mas aos menus animados e à relativa facilidade com que se navega. No entanto, há duas contrariedades neste tópico e que conta a desfavor do aparelho: o botão de navegação não tem a maior funcionalidade do mundo (a função Up & Down é facilmente trocada pela confirmação da função); segundo, e muito importante, o telemóvel não regista as chamadas não atendidas no visor. Isto é, caso não ouça o telemóvel tocar (ou sentir vibrar!), não tem outro remédio senão andar a correr a toda a hora ao menu das chamadas para ver se houve, ou não, quem o tivesse tentado contactar. Mais, se houve alguém com muita pressa e lhe deixou cinco chamadas não atendidas do mesmo número, o 511 assume essas cinco chamadas como uma só. Um “problema” de software que nada dignifica o aparelho.

Numa apreciação global, poder-se-á dizer que a marca francesa pode conquistar alguns adeptos com o toque polifónico e com o seu aspecto literal de “telemóvel de bolso de camisa”. Mas o “target” deste modelo pode não estar muito bem definido, sobretudo pelo custo do aparelho. Nos dias que correm e com a forte concorrência que existe, torna-se vital para o sucesso de vendas de um qualquer aparelho definir bem “quem compra o quê e a que preço”…