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Smartphones alteram formas de negócio

Smartphones alteram formas de negócio entre consumidores e retalhistas.

A Accenture, uma empresa de consultoria, divulgou um estudo sobre o impacto dos smartphones entre consumidores e retalhistas,que indica que os consumidores estão mais atentos à informação, à procura e comparação de preços competitivos para realizarem bons negócios.

Dos 1000 indivíduos inquiridos, em 10 países diferentes, 48% pretendem comprar um smartphone ainda em 2011, além de 73% dos consumidores preferir usar o smartphone em tarefas mais simples, contra 15% que prefere interagir com um colaborador. 71% prefere ainda recorrer aos smartphones para identificar lojas com determinados produtos, contra 17% que prefere obter essa informação através de colaboradores das lojas.

Um factor que tende a ganhar adeptos de smartphones, de acordo com o estudo, são os vales de desconto: 79% considera útil fazer download de vales, enquanto 73% considera útil receber vales ao passar por um artigo numa loja. Além disso, 48% dos utilizadores já fizeram download destes vales a partir do seu computador pessoal.

“Os smartphones vieram alterar para sempre e de uma forma permanente a relação entre retalhistas e consumidores” afirma Janet Hoffman, Líder Global da divisão de Retalho da Accenture. “Os consumidores de hoje, adeptos de tecnologia e da forma como esta lhes permite efectuar poupanças, procuram uma experiência única e transparente seja em ambiente de loja, móvel ou on-line e no momento que lhes seja mais conveniente. Em última análise, esta tendência vai levar a uma nova definição de loja; o objectivo, o local e a dimensão são conceitos em aberto. Estamos já a ver alguns consumidores a utilizar as lojas mais como um showroom para testar os produtos e posteriormente efectuam a compra on-line”.

A privacidade é a maior preocupação dos consumidores e pode ter um impacto negativo no uso de smartphones para efectuar compras: 54% dos inquiridos afirma estar preocupado com a perda de privacidade ao usar o smartphone, 59% afirma ter receio de perder o contacto pessoal com os colaboradores das lojas e 39% acredita que os produtos irão tornar-se mais caros.

Eduardo Fitas, Vice-Presidente da Accenture Portugal e responsável pela área de Comunicações, Media e High-Tech, crê que estes resultados indicam que as aplicações móveis vão transformar a forma como as empresas competem entre elas e como interagem com o consumidor. “As empresas que conseguirem com sucesso integrar funcionalidades disponíveis nos smartphones como serviços de localização, pagamentos seguros, autenticação e outras nos seus processos de negócio tradicional vão ganhar uma vantagem competitiva significativa para os próximos anos. Um smartphone pode funcionar como um agregador de atributos e informação de cada indivíduo, que o acompanha durante todo o tempo, e que abre possibilidades infinitas de transformação da forma como interage com todos os agentes envolventes.”