O risco incide apenas sobre o ouvido usado habitualmente para falar ao telemóvel e os dados não permitem tirar conclusões sobre o uso dos equipamentos durante um período de tempo inferior a 10 anos.
Além disso, o Instituto Karolinska (faculdade de Medicina que engloba um importante centro de investigações biomédicas e que é a entidade responsável pela atribuição dos prémios Nobel de Fisiologia e de Medicina) indicou que o perigo se refere à utilização de telemóveis analógicos. «Na época a que o estudo diz respeito, só telemóveis analógicos eram usados há mais de 10 anos e, portanto, não podemos determinar se os resultados se restringem aos telefones analógicos ou se seriam similares também após o uso prolongado de telefones digitais (GSM)», salienta uma nota da instituição.
Actualmente, o mercado da telefonia móvel é dominado pela tecnologia GSM, que substituiu os «tijolos» analógicos em grande parte do mundo na década passada.
As empresas do sector afirmam que não há evidências científicas de riscos para a saúde provocados pelos telemóveis. No entanto, o Instituto Karolinska disse que 150 pessoas com neuroma acústico e 600 saudáveis colaboraram na investigação: «O risco quase duplicou para as pessoas que começaram a usar o telemóvel pelo menos 10 anos antes do diagnóstico».
A instituição sueca destaca que o risco de neuroma acústico no ouvido em que se usa o telemóvel era quase quatro vezes superior ao outro do outro lado.