Angola admite terceiro operador
«O Ministério está a pensar levar ao Conselho de Ministros, até Dezembro, uma proposta para a abertura de um concurso para um terceiro operador do serviço móvel», afirmou Licínio Tavares, em declarações aos jornalistas em Luanda.
O ministro angolano salientou que a entrada de um terceiro operador no mercado resulta do dinamismo do sector privado, a que o Governo pretende responder com a recente decisão de implementar um programa de desenvolvimento da rede básica de telecomunicações do país.
“Este esforço do sector privado tem que ser suportado por uma rede básica dimensionada para que eles possam funcionar da melhor maneira, o que não acontece actualmente», salientou.
O mercado de telemóveis em Angola conta actualmente com mais de 1,4 milhões de assinantes, distribuídos entre a empresa estatal MOVICEL, detida em 99% pela Angola Telecom, e pela privada UNITEL, líder do mercado, em que a Portugal Telecom possui uma participação de 25%.
A actual fase de expansão deste sector não abrange apenas os telefones móveis, mas também a rede fixa, que conta actualmente com cerca de 100 mil assinantes distribuídos entre a estatal Angola Telecom e a privada Nexus, que começou a funcionar em meados de 2004.
As autoridades angolanas já licenciaram mais três empresas para operarem no mercado da rede fixa, uma das quais, a Mundo Startel, deverá iniciar em breve a sua actividade.
A Mundo Startel, que anunciou um investimento de 41 milhões de euros para o desenvolvimento da sua rede, resulta de uma parceria entre a empresa privada angolana Mundo Startel e a empresa estatal de telecomunicações Namibian Telecom, da vizinha Namíbia.