Agora que já todos conhecemos o Apple iPhone 5S e o não tão barato iPhone 5C, resta-nos aguardar pelas próximas edições do iPad: a quinta geração do formato clássico do tablet da Apple e a segunda itineração da série Mini. Mas ao contrário do bem sucedido smartphone, não há nenhuma concordância a respeito das suas potenciais datas de lançamento. De facto, rumores sobre datas de lançamento parecem não faltar em relação ao iPad 5, mas quase todos eles apresentam informações diferentes.
O que é caso para dizer que hoje ainda não conhecemos o tablet que algumas informações sugeriam poder vir a ser introduzido no passado dia 20 de Setembro. Eis os factos: as datas continuam imprevisíveis, e há ainda mais pressão a ser exercida por parte da Microsoft e do segmento Android do mercado. Também não ajuda o facto de os lançamentos anteriores terem ocorrido em períodos relativamente irregulares: o primeiro Apple iPad foi introduzido em Maio de 2010; a segunda e terceira geração foram introduzidas em Março de 2011 e 2012, respectivamente; a quarta geração foi introduzida apenas 7 meses mais tarde, em Novembro do ano passado.

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Isto não invalida que, tal como acontece com o iPhone, não seja construído um certo hype em redor do tablet da empresa. O motivo desse hype, contudo, poderá não estar propriamente relacionado com a capacidade de inovar da empresa, mas antes nas potencialidades em aperfeiçoar os seus produtos: irá o Apple iPad 5 introduzir novas funcionalidades? Ou irá, por outro lado, focar-se apenas nas exigências do mercado?
A inovação não tem necessariamente que se traduzir em sucesso comercial. De facto, se olharmos para as propostas da Microsoft, que com o Surface Pro conseguiu aproximar o segmento dos tablets do dos computadores pessoais, constatamos que as funcionalidades interessantes do mesmo não impediram que se tornasse num falhanço comercial. Também a estratégia da Samsung em disparar novas funcionalidades para os seus aparelhos parece ter ganho alguma contenção em lançamentos mais recentes como o Galaxy Note 3, onde a empresa se limitou a aperfeiçoar um produto já por si de grande qualidade.

Estes aspectos deveriam colocar a Apple sob alguma pressão, excepto se a empresa continuar a manter a sua própria agenda em relação aos seus produtos. E por manter a sua própria agenda queremos referir-nos à questão de perspectiva sobre se estará a liderar o mercado, ou simplesmente a segui-lo – o iOS 7, por exemplo, veio introduzir funcionalidades que já se encontravam há muito presentes na concorrência. E se por um lado há quem defenda que essas introduções surgiram tarde de mais, também há quem defenda que o factor “novidade” não é o mais importante para a empresa liderada por Tim Cook.