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O Apple iPhone 5S foi um dos dispositivos mais aguardados do ano e, tal como os seus antecessores, o seu lançamento foi rodeado de um hype quase sobrenatural, uma particularidade que distingue a Apple das restantes fabricantes. Este dispositivo chegou ao mercado português no passado dia 25 de Outubro e encontra-se disponível a partir de 699 euros, tendo sido cedido ao Telemoveis.com pela Vodafone Portugal.
O iPhone 5S mantém as mesmas dimensões que o seu antecessor, mas acrescenta-lhe agora um sensor de impressões digitais, vem equipado com 1 GB de RAM e apresenta uma câmara de 8 MP, com flash dual-LED, capaz de gravar vídeos em Full HD (30fps), ou em HD a 120 frames por segundo. Outras especificações do iPhone 5S incluem um processador dual-core Apple A7, de 1.3 GHz, e a estreia do co-processador Apple M7.
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Design do Apple iPhone 5S
O iPhone 5S é, essencialmente, uma reprodução em papel químico de um iPhone 5. É possível distinguir os dois novos iPhones através de detalhes como o sensor de impressões digitais ou através do flash dual-LED – sendo estas duas últimas características parte do iPhone 5S.
Poder-se-ia alegar a falta de necessidade da empresa em alterar uma fórmula que já se revelou eficaz e digna de sucesso. Tudo dependerá, como é óbvio, da forma como interpretamos o iPhone 5S: estamos perante um novo lançamento, ou apenas perante uma actualização de produto? Nós tendemos a inclinar-nos para esta segunda hipótese, uma vez que o iPhone 5S não vem introduzir propriamente novas funcionalidades, mas sim aperfeiçoar as que já existem. Isto significa que o iPhone 5S perde pontos no elemento surpresa, mas mantém a cotação conquistada nos modelos anteriores: continua a ser um smartphone elegante, apelativo e bonito.
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O ecrã Retina, que já corre o risco de se tornar familiar, mantém as mesmas quatro polegadas e resolução, continuando a oferecer uma boa densidade de píxeis (326 ppi) que, para o seu tamanho compacto, oferece uma excelente qualidade de imagem. Mas definitivamente não é o melhor ecrã do mercado. Este ecrã apresenta as suas particularidades: para usufruirmos de conteúdos como filmes, ou até mesmo certos tipos de jogos, não seria a nossa primeira opção, embora o seu tamanho mais pequeno seja actualmente mais apelativo que a concorrência Android “gigante” (no que a navegar na Web diz respeito, ou para leitura).
Este “appeal”, que parece contraditório, está no facto do iPhone 5S manter a elegância do seu antecessor: por ser fino e leve, ao invés de bruto e gigante, torna-se mais confortável de utilizar e levar connosco para qualquer lado. Este seu lado compacto favorece a sua experiência de utilização quando a nossa prioridade é fazer do iPhone 5S um leitor de música portátil, uma ferramenta de leitura ou uma câmara digital.
Software e Hardware no iPhone 5S
As verdadeiras novidades do iPhone 5S estão no interior. O iPhone 5S marca a estreia dos processadores de 64-bits no segmento móvel, uma tendência que a Apple já parece ter alastrado para produtos como o iPad mini Retina ou o iPad Air. Isto confere ao iPhone 5S uma capacidade de processamento muito superior, mas que tem sido alvo de algumas críticas por ainda não se permitir ser totalmente aproveitada – estaria a empresa a pensar nas funcionalidades do seu smartphone a médio prazo?
As potencialidades revelam-se interessantes se olharmos para o segmento dos jogos para smartphones, mas o ecrã de 4 polegadas do iPhone 5S, comparativamente a outros ecrãs gigantes da concorrência, não o torna especialmente apelativo para jogos de elevado potencial gráfico. Já as aplicações que irão tirar proveito dos 64-bits do seu processador ainda levarão algum tempo a chegar, e irão exigir maior memória RAM deste aparelho, que por enquanto disponibiliza apenas 1 GB.
Comparativamente ao iPhone 5 ou 5C, e por uma diferença mínima de 100 euros, vamos estar basicamente a pagar o seu processador e leitor de impressões digitais, além de novas funcionalidades da câmara digital: não justifica uma substituição de equipamento a não ser que o utilizador interessado disponha de recursos financeiros para isso, mas como proposta introdutória e para uma utilização a longo prazo poderá valer o investimento.
Outra das principais novidades do iPhone 5S, que tende a passar despercebida ao utilizador comum, é a inclusão do Apple M7, que consiste numa unidade de processamento autónoma do A7 e que serve a função de recolher dados dos sensores (acelerómetro, giroscópio e bússola, entre outros) do iPhone 5S. A sua principal vantagem está em livrar o A7 de cumprir estas funções, o que à partida permitiria reduzir os consumos de energia do aparelho e poupar a autonomia da bateria (nota: apesar de termos detectado problemas com a autonomia de bateria do iPhone 5S, pensamos que o problema esteve relacionado com a versão do iOS 7 e não com o hardware do aparelho).
O software é o iOS 7: goste-se ou odeie-se, foi por este caminho que a Apple decidiu seguir. Detectámos alguns problemas na autonomia de bateria deste aparelho que julgamos poderem estar relacionadas com o software, mas a Apple já disponibilizou uma actualização que se propõe corrigir este mesmo bug. Nós não o actualizámos e utilizámo-lo tal como nos foi cedido pela Vodafone.
Funcionalidades e Desempenho no iPhone 5S
O iPhone 5S oferece uma enorme estabilidade e fluidez. O processador A7 contribui significativamente para o seu desempenho fantástico, mas o mesmo não é notável ao nosso olhar se o compararmos com o iPhone 5. O 5S, contudo, é duas vezes mais rápido que o iPhone 5 e isto resulta numa experiência incrivelmente fluída e orgânica. Só que todo o potencial do seu processador poderá ser mais fogo de vista do que real, uma vez que ainda não existem aplicações que tirem proveito da sua capacidade de processamento ou arquitectura.
A Touch ID revelou ser uma funcionalidade interessante, de uma utilidade quase imperceptível mas cuja diferença se faz notar quando passamos a olhar para outros aparelhos. Um simples toque do nosso dedo e o reconhecimento da nossa impressão digital leva-nos imediatamente para o ecrã principal do iOS 7, descartando a necessidade de passarmos por intermediários como o ecrã de bloqueio ou, caso optemos por restringir-lhe o acesso, de colocarmos uma password pré-definida assim que iniciamos a nossa sessão com este aparelho.
Outro dos aspectos premium da experiência iPhone 5S está na sua câmara digital, cujos 8 MP podem concorrer facilmente com algumas câmaras de resolução superior disponíveis no mercado. A Apple certificou-se que a sua experiência na câmara digital do iPhone 5S seria mantida, e ajustou a lente para uma abertura de f/2.2, além de ter aumentado o tamanho do sensor e os píxeis em 30%, de forma a aumentar a sensibilidade do iPhone 5S à luz.
Conclusões
A experiência do iPhone 5S pouco tem de novo, já que muito do que por aqui se vai passando será familiar para todos os utilizadores que já tiverem alguma experiência no ecossistema da empresa. Quem tiver adquirido um iPhone 5 no ano passado, ou até mesmo recentemente, não irá encontrar neste dispositivo novidades que justifiquem a sua aquisição, já que para uma mera actualização de aparelho poderá apresentar-se como uma proposta dispendiosa.
Fará mais sentido realizar o upgrade caso o mesmo seja feito a partir de aparelhos menos actuais, tais como o Apple iPhone 4S ou até mesmo o iPhone 4 – nessa situação, por exemplo, as diferenças serão bem mais acentuadas e muito possivelmente justificam a aquisição. Por outro lado, tudo está dependente da própria perspectiva do utilizador e do tipo de experiência que esteja a procurar num equipamento destes. Como fizemos questão de referir, há prós e contras no iPhone 5S que estão dependentes do tipo de utilização que lhe quisermos dar, ainda que a sua performance seja muito boa: o iPhone 5S não é um aparelho que queiramos levar connosco numa viagem longa se o intuito for o de ver filmes, ou de usufruir de conteúdos multimédia de alta qualidade. Não porque o seu ecrã não apresente uma boa definição, mas porque geralmente esta é uma experiência melhor aproveitada em ecrãs grandes. O mesmo se passa com alguns jogos, ainda que o seu processador de 64-bits seja um passo enorme para transformar todo o segmento.
Mas quem procurar no iPhone uma utilização mais convencional, ou seja, a de um substituto à câmara digital, a de um leitor de música extra-funcional ou até mesmo a de um simples dispositivo para ler ou aceder aos seus conteúdos Web favoritos, a situação tende a mudar de figura – é que aqui o seu tamanho mais compacto (e fino) favorece-o, torna-o compacto e muito pouco intrusivo.
Em relação ao sobre-aquecimento, este problema tende a ser relativamente comum em gamas elevadas, e o iPhone 5S não foi o dispositivo que mais preocupações nos causou a este respeito. Por outro lado, também a autonomia de bateria pode – à partida – ser resolvida com uma simples actualização de software.
Está a considerar trocar o seu smartphone actual por um iPhone 5S? Se sim, porquê? Diga-nos o que acha do novo aparelho da empresa!
