Certamente que tem ouvido falar bastante da Apple, do iPhone 5C e do iPhone 5S ao longo desta semana, especialmente ao longo desta quarta-feira que passou – não é para mais. A introdução dos novos iPhones ocorreu na terça-feira ao fim da tarde e gerou uma onda inimaginável de comentários, artigos e observações por toda a internet.
Um dos pormenores que mais parece ter suscitado discussões esteve relacionado com o novo processador A7 de 64-bits do iPhone 5S: era mesmo necessário? Porquê agora? Que impacto terá na performance do iPhone 5S?
Um dos argumentos, que por sinal é válido, em relação ao novo processador de 64-bits do iPhone 5S está relacionado com a memória RAM que o smartphone disponibiliza – ou melhor, que não disponibiliza e que, por esse mesmo motivo, não lhe permite tirar total proveito da sua capacidade de processamento. Um processador de 64-bits requer mais memória RAM, algo que não foi acrescentado ao iPhone 5S e que por esse motivo parece ter levantado algumas críticas em relação à sua presença.

Por outro lado também ainda não existem no mercado smartphones com 4 GB de RAM – daí a questão permanecer válida: para quê apostar num processador com 64-bits se o seu impacto na performance do aparelho será pouco notado? De acordo com Stephen Shankland da CNET, a questão é mais por antecipação e prevenção do que por necessidade.
Os smartphones com 4 GB inevitavelmente virão aí e, quando vierem, a Apple já terá o hardware apropriado para dar resposta ao ecossistema de aplicações do futuro, podendo assim tirar maior partido – e, porque não, vantagem – desse mesmo ecossistema.
“A Apple ‘reformulou’ o iOS 7 – o kernel no coração do software, o código pré-escrito no qual ele [o Kernel] e outros tipos de software se baseiam e as drivers do dispositivo que [o kernel] usa para falar ao hardware. como a rede ou o ecrã – para que seja software 64-bits”, refere. “E tem uma versão das suas ferramentas Xcode para developers para que os programadores possam criar versões 64-bits dos seus produtos iOS”.

Mas não terá sido essa antecipação demasiado… antecipada? Shankland reconhece que sim, e que irá levar bastante tempo para que o ecossistema de aplicações do iOS esteja completamente adaptado à nova arquitectura 64-bits. Defende, contudo, que a posição da Apple foi vantajosa para a empresa colocando à disposição dos seus programadores, desde o início, todas as ferramentas necessárias para um recomeço.
“Tendo em conta o tempo que pode levar a fazer a transição, é importante disponibilizar as fundações do hardware cedo o suficiente para que o mercado do software se possa movimentar graciosamente”, afirma. “Mesmo que acrescentar mais RAM seja complicado em dispositivos móveis, irá acontecer. Pode acontecer ainda mais cedo em iPads, também, que podem lidar com processadores mais rápidos, baterias maiores e software mais elaborado”.
Por outras palavras: a aposta não foi considerada a curto prazo, mas antes a médio-longo prazo. Acha que terá sido o caso? se sim, foi uma boa decisão por parte da Apple? Ou poderia ter sido feito mais tarde? Diga-nos o que acha!