Apple iPhone 6S

Tudo o que deve saber sobre os novos Apple iPhone 6S & iPhone 6S Plus

*Imagem: iPhone 6/The Verge

*Ver características técnicas do Apple iPhone 6S
*Ver características técnicas do Apple iPhone 6S Plus

2015 não foi o ano do iPhone 7, como de resto já era expectável para quem tem vindo a acompanhar os lançamentos do iPhone nos últimos anos. Em vez disso a empresa introduziu dois novos iPhones – Apple iPhone 6S e Apple iPhone 6S Plus – no dia 9 de Setembro.

Não fosse a Apple ter introduzido um segundo modelo – neste caso o iPhone 6S Plus, que sucede o iPhone 6 Plus de 2014 -, e pouco haveria de novo em relação à abordagem da empresa no seu esquema de apresentações (o iPhone 7 fica para 2016). Existem, contudo, diferenças entre os smartphones introduzidos em 2015 e os modelos de 2014. Será a partir daqui que procurarei guiar o leitor.

 

Apple iPhone 6S vs Apple iPhone 6

 

Apple iPhone 6S

Imagem: iPhone 5S, 6 e 6 Plus/Homenatural.tk

Mais do que apresentar os novos iPhones, torna-se necessário olhar para os modelos de 2014 para conseguirmos perceber quais são as principais diferenças – e respectivas novidades – introduzidas este ano. Este detalhe torna-se importante, uma vez que as diferenças entre ambos estão mais relacionadas com subtilezas do que com outra coisa qualquer.

Subtilezas como…

 

Apple iPhone 6S. Tamanho, Peso & Resistência

 

Apple iPhone 6S

Imagem: Forbes

Correndo o risco de parecer contraditório, o facto é que os novos iPhones são maiores e mais pesados que os modelos de 2014. Em termos de espessura, o iPhone 6S mede 7,1 mm contra os 6,9 mm do iPhone 6 – uma diferença que é praticamente imperceptível. O mesmo se poderia dizer acerca do peso do iPhone 6S, que é ligeiramente maior que o da versão 2014: 143g contra as 129g do iPhone 6. Na prática estas diferenças são imperceptíveis face aos modelos do ano passado.

Apesar das semelhanças entre os modelos de 2015 e de 2014, existem diferenças menos perceptíveis ao utilizador comum que poderão fazer toda a diferença na experiência de utilização dos novos iPhones. Diferenças como a espessura ligeiramente maior no iPhone 6S, bem como a construção à base de materiais  mais resistentes do que nos iPhones de 2014 (lembra-se do ‘bendgate’?).

Não entrando em detalhes técnicos, achei a explicação do Gordon Kelly da Forbes convicente em relação a este pormenor: « (…) Consequentemente, os novos iPhone 6S e iPhone 6S Plus passaram de alumínio Série 6000 para Série 7000. A Série 7000 tem mais do dobro da resistência, e um vídeo de um teste de pressão mostra que será altamente improvável dobrar qualquer um dos [novos] modelos por acção das forças que encontrar no seu dia-a-dia ».

Todos estes detalhes culminaram numa muito bem-vinda mudança: o da durabilidade dos ecrãs dos novos iPhones. Isto é o que se sabe com toda a certeza com base em declarações da Apple: os ecrãs nos novos iPhones são definitivamente mais resistentes do que os modelos de 2014. Medir essas diferenças, contudo, ainda não foi possível, por isso ainda é cedo para se saber quão mais fortes são estes novos ecrãs.

E por falar em ecrãs…

Apple iPhone 6S: ecrã

 

Apple iPhone 6S

Imagem: Recomhub

Sendo perfeitamente honesto com o leitor, considero frustrante falar dos ecrãs dos novos iPhones pelo seguinte motivo: as mudanças tornam-se imperceptíveis vistas de fora, mas muito significativas em relação a detalhes que não serão particularmente interessantes na óptica do utilizador convencional.

Com isto quero dizer o seguinte: comparativamente ao Apple iPhone 6, os novos iPhones 6S não trouxeram praticamente nenhuma alteração em relação às resoluções do ecrã. Este pormenor também não é particularmente notável no iPhone 6S Plus, ainda que o seu ecrã mais generoso permita tirar maior proveito de conteúdos multimédia do que o ecrã do seu irmão mais pequeno.

O aspecto verdadeiramente interessante nos ecrãs dos novos iPhones, contudo, chama-se ‘3D Touch’. Permita-me oferecer-lhe uma explicação melhor…

 

Apple iPhone 6S: 3D Touch

 

Apple iPhone 6S

Imagem: CNN

Para todos os efeitos, as melhorias no ecrã do iPhone 6S não foram propriamente quantitativas (ou seja: em termos de aumento de resolução, uma medida praticamente standardizada na indústria), mas antes qualitativas. Melhorias que por sinal tiveram início com o Apple Watch.

Isto significa que o ecrã do iPhone 6S, ainda que as aparências não o sugiram, não é o mesmo que no iPhone 6. Isto quer dizer que o iPhone 6S utiliza um ecrã sensível à pressão do toque do utilizador, ou seja, que o novo smartphone da Apple é capaz de distinguir a diferença de pressão entre um toque suave e um toque mais forte, respondendo de maneiras diferentes em ambos os casos. O utilizador, por sua vez, percebe que o iPhone 6S reage de maneiras diferentes consoante o feedback que o próprio telemóvel envia, através de uma leve vibração no ecrã (uma espécie de reconhecimento de gestos).

As possibilidades, por enquanto, ainda são limitadas – mas o potencial que isto representa em termos de interacções com o telefone é imenso. A título de exemplo, um utilizador pode pressionar numa música para a reproduzir, ou pode pressionar com um pouco mais de força para a adicionar a uma lista de reprodução. Diferenças não propriamente notáveis, mas subtis, que se traduzem numa experiência de utilização mais confortável.

As potencialidades estão lá, em particular para a indústria dos jogos para telemóvel. Caberá à comunidade de programadores da Apple tirar o real proveito que esta actualização pode oferecer. O lado negativo desta tecnologia é que só se encontra limitada aos modelos actuais (devido a limitaçóes de hardware nos modelos menos actuais), o que significa que todas as potencialidades que vier a oferecer não estarão disponíveis aos utilizadores dos modelos anteriores.

Só que estas mudanças, por mais interessantes que sejam, não são suficientes para justificar – a quem investiu num iPhone 6 em 2014 – o upgrade este ano. São mudanças aparentemente subtis, o que na óptica do utilizador poderá simplesmente não justificar o investimento num novo smartphone. E eis que se atinge com esta inovação um paradoxo tipicamente Apple: as mudanças poderão não justificar o upgrade, mas existe um reconhecimento geral quanto ao verdadeiro potencial que estas implementações poderão oferecer.

É claro que isto não significa que não tenham havido outras mudanças notáveis. Uma das principais…

 

Apple iPhone 6S: câmara digital

 

Apple iPhone 6S

Imagem: Flickr/Mikko Miettinen

Outra mudança significativa e definitivamente discreta foi o upgrade que a câmara digital do iPhone 6S recebeu. Agora com 12 MP (lentes F2.0) e flash dual-LED (para um resumo das especificações aconselho uma visita ao nosso Expositor), ainda assim é fácil perceber que este upgrade poderá não ser suficiente aos olhos do consumidor convencional, que quer mudanças mais substanciais.

Há, contudo, uma diferença entre o iPhone 6S e o iPhone 6S Plus: a câmara deste último é ligeiramente melhor e apresenta funcionalidades que a câmara do 6S não tem, nomeadamente ao nível da Estabilização Óptica de Imagem (que só o 6S Plus’ tem).

Isto, claro, não é suficiente. Se há algo a que os consumidores dão importância é ao…

 

Desempenho do Apple iPhone 6S
 

 

Apple iPhone 6S

Imagem: Flickr/Briac Robert

Este já é um tema sobre o qual não posso meter as mãos no fogo quando falo, precisamente porque uma coisa é aquilo que se diz sobre o desempenho do telefone, enquanto que outra é ter a oportunidade de testar pessoalmente o desempenho do iPhone 6S. Coisa que eu não tive oportunidade de fazer ainda.

Contudo, os dados que a Apple avançou durante a apresentação são suficientes para nos criarem expectativas elevadas nesta área: o novo Apple A9 (sobre o qual ainda não são conhecidos muitos detalhes) promete um desempenho do CPU até 70% superior comparativamente ao A8, bem como uma melhoria no desempenho gráfico de até 90% (isto em parte ajudaria a explicar a relevância que a Apple tem vindo a dar aos jogos no iPhone 6S desde a apresentação).

Quanto a detalhes mais específicos – como RAM e velocidade de processamento – teremos que aguardar por alguém que desmonte um iPhone 6S para tirar estes detalhes a limpo. Confie em mim, leitor – não há-de faltar muito para isto.

Pensa-se também que os novos iPhones correm com 2 GB de RAM a alimentar o seu desempenho. Embora este não tenha sido um detalhe confirmado ainda, é uma opção que me parece fazer sentido porque o desempenho do 6S face ao iPhone 6 tem exigências totalmente diferentes das do modelo de 2014. A resolução mais elevada nos novos 6S tem impacto no desempenho do telefone, uma vez que há mais píxeis para alimentar nestes novos ecrãs.

Não devemos, contudo, ignorar outras alterações feitas pela empresa. Alterações ao…

 

Touch ID 2.0 no Apple iPhone 6S

 

Apple iPhone 6S

Imagem: PhoneArena

O leitor de impressões digitais do iPhone 6S é mais rápido e seguro do que antes. Se isto interessa? Sim, eu diria que isto é importante. Se isto passa despercebido aos consumidores? Sim, definitivamente. Importa referir que as alterações foram feitas a pensar sobretudo no sistema de pagamentos da empresa (Apple Pay), que começa a conquistar uma base de utilizadores cada vez maior.

Também poderemos contar com melhorias em…

 

Autonomia de Bateria no Apple iPhone 6S

 

O novo processador A9 oferece consumos de energia ainda mais eficientes que o seu antecessor. No caso dos novos iPhones, contudo, existe uma ligeira contrapartida: a bateria nos novos smartphones oferece uma capacidade menor que a dos modelos de 2014.

• Apple iPhone 6S: 1715 mAh / Apple iPhone 6: 1810 mAh
• Apple iPhone 6S Plus: 2750 mAh / Apple iPhone 6S Plus: 2915 mAh

Existe um aspecto positivo a retirar desta ligeira redução na bateria do iPhone – poderá querer dizer que o desempenho não veio sofrer reduções, mas que antes se mantém proporcional (é o mínimo que podemos esperar de um upgrade) aos modelos anteriores. Se bem que, a respeito do iPhone 6, a autonomia de bateria não era o seu forte – que por sinal foi outro dos aspectos em que a Apple parece ter beneficiado o iPhone 6 Plus comparativamente ao modelo mais convencional.

Por último, um dos aspectos que mais me intrigam nos novos iPhones está relacionado com o iOS 9 em si. E aqui refiro-me ao..

 

Multitasking no Apple iPhone 6S

 

Primeiro, o mais óbvio: o sistema operativo. O Apple iPhone 6S traz o iOS 9 instalado de origem. Na altura em que eu comecei a escrever esta peça ainda não tinha percebido se haveriam limitações no sistema operativo do telefone comparativamente ao iOS 9 dos novos iPads, definitivamente melhor preparados para lidar com multitasking.

Esta dúvida surgiu-me porque creio que os modos multi-tarefa são melhor aproveitados em aparelhos destinados a produtividade, como foi o caso do novo iPad Pro. Não descartando o potencial do iPhone enquanto ferramenta de produtividade (uma ferramenta mais complementar do que principal), não imagino que um modo multi-tarefa à escala do que foi introduzido no iPad Pro faça tanto sentido no iPhone. Os motivos para isto tornam-se óbvios quando comparamos as diferenças nos tamanhos dos ecrãs de ambos os aparelhos – que no iPad Pro, devdo ás suas elevadas dimensões, faz todo o sentido; mas não no iPhone 6S, ou pelo menos não do mesmo modo.