Atentado de Bali foi detonado por telemóvel

Um dos intervinientes confessos no atendado de Bali afirmou que o detonamento da bomba que provocou a morte de 185 pessoas foi feito de um telemóvel.

Segundo o depoimento de Ali Imron ao tribunal, um minibus foi estacionado em frente ao clube Sari, carregado de explosivos que foram detonados através de telemóvel pelo próprio réu. «Nos explosivos colocados no Paddy [segunda bomba], usámos um detonador normal. Correu tudo como foi planeado».

Ali Imron respondeu perante o tribunal como testemunha de acusação a Mukhlas, de 43 anos, acusado pelo procurador indonésio de ter organizado o ataque a Bali. A confirmar-se a acusação, Mukhlas enfrenta a pena de morte por planear, organizar e levar a cabo não só crimes de sangue como de terror.

Segundos os autores, os ataques foram feitos por questões religiosas, contra os interesses ocidentais. A Austrália registou o maior número de vítimas mortais no ataque (59), seguindo-se o Reino Unido (18) e a Indonésia (11). Mas há alemães, suecos, norte-americanos, japoneses, neo-zelandeses, suíços e dinamarqueses entre as restantes perdas humanas.