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Author: Ricardo Miranda

IMPARTILHÁVEL

  *Imagem: FilmUforia.co.uk   Os limites destes mash-ups de matéria orgânica, a que chamamos de pessoas, é infinitamente fascinante. Bebemos leite até ao fim das nossas vidas, coisa que nenhum outro camarada mamífero faz, como se quiséssemos regressar a um momento da infância onde ainda é possível começar de novo. Preocupamo-nos em deixar memórias para gerações futuras, numa tentativa juvenil de estender o nosso prazo de validade para além do prazo de validade das nossas células. Transformámos a curiosidade natural, que permite a um primata procurar alimento para além da próxima árvore,...

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Vi, ri e venci

O CÉU O humor é uma capa deliciosa. Permite-nos dizer o que quisermos, sem nos comprometermos. Tem é que ter graça. Podemos criticar, gozar, picar, mas se a conversa começar a aquecer, há sempre um “estava a gozar” conciliador. Rir não só é o melhor remédio, como oferece uma porta de saída. Ser gozão é perfeito. Os grandes gozões não têm de tomar decisões. Só precisam de se especializar em revelar o lado patético de tudo o que veem. Se isso lhes trouxer dinheiro, melhor. Gozar é uma profissão de sonho. Portugal estava desesperadamente a precisar de humor quando surgiu a escola do Levanta-te...

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Felicidade Desconfiada

    Sinto-me feliz há vários dias. Estarei doente? Este é um curto relato da minha experiência de felicidade particular. O tema é um tema minado. Foi tomado de assalto pelos livros de autoajuda, pelos murais das redes sociais, pelas marcas e explicado com lugares-comuns. Ficou batido e tudo o que é batido tende a bater mal. Mas – em frente! [relacionadas_esquerda]A minha experiência de felicidade recente é a de um sentimento colectivo. Não é algo intenso, focado no momento. Não é uma promoção, um aumento de salário, um prémio, uma vitória, um “amo-te”, o êxtase, uma garfada no El...

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Disconnecting from people

  A Nokia era o orgulho dos finlandeses. Sem ela, a Finlândia fica mais pobre. Menos dinheiro para o seu bolso, menos cultura de marca para o mundo, menos relevância global. Era o Sporting, Benfica e Porto num só. Matá-la é matar parte da alma finlandesa. É um luto. Benfiquistas ou sportinguistas sabem do que falo. A perspetiva de viver o resto da vida sem o clube do coração deixa um vazio emocional profundo. Essa hipótese chegou a ser muito real na fase final de Vale e Azevedo e, mais recentemente, na fase inicial de Bruno de Carvalho. Mas clubes não são empresas tecnológicas. São comunidades...

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