Skip to main content

Baterias explosivas? Isto é o que deve saber

As explosões estão na moda, mas (felizmente) são raras.

 

Nem mesmo a Apple é imune aos riscos que uma bateria explosiva apresenta à segurança dos utilizadores (nota editorial: recentemente também foram reportados casos de iPhones com baterias explosivas).  

Talvez por isso o timing da Battery Can não pudesse ser melhor: a patente, submetida dia 1 de Abril à entidade norte-americana responsável por validar patentes, diz respeito a uma tecnologia de encapsulamento de baterias que, pelo menos no papel, garante maior segurança a estes dispositivos. A Battery Can também é, conceptualmente, adaptável a vários tamanhos e formatos, e concede maior autonomia à bateria dos dispositivos.

Apesar da submissão da patente não querer dizer que a ideia vai ser materializada, os recentes episódios da Samsung poderão inspirar a Apple a avançar com isto – não apenas por uma questão de diferenciação, mas também pelas preocupações válidas com a segurança em meios de transporte (como em aviões).

 

A Samsung, por outro lado, não poderia estar a ter um pior momento. Devido aos problemas reportados com a bateria do Samsung Galaxy Note 7, alguns operadores de telecomunicações dos Estados Unidos e da Austrália decidiram suspender as vendas do phablet da empresa.

A Reuters também citou fontes anónimas que sugerem que a Samsung vai voltar a suspender a produção do Galaxy Note 7. Tudo indica que a suspensão será temporária, mas os danos à imagem da marca já foram feitos – particularmente depois de uma segunda vaga de acidentes que envolveram modelos de substituição do Galaxy Note 7.

Estas foram apenas as duas marcas mais mediáticas da história recente, mas o problema não lhes é exclusivo: como reporta a Consumerist, tanto a HP como a Sony também tiveram dispositivos a sofrer incidentes parecidos (a diferença? em vez de smartphones eram computadores e hoverboards).

Mas todas estas categorias possuem baterias à base de ião de lítio.

 

 

Porque explodem as baterias?

 

As baterias de ião de lítio são o actual standard da indústria e são usadas em quase todo o tipo de dispositivos electrónicos, incluindo computadores e câmaras.

A tecnologia por detrás das baterias de ião de lítio permite conceder horas de autonomia em aparelhos cada vez mais finos. Só que, como diz a CNN, isto traz um preço que já é conhecido por toda a indústria – “os riscos de explosão ou incêndio são maiores em situações de defeito de fabrico”.

Estas baterias funcionam com electrólitos à base de solvente para produzirem mais energia, mas estes electrólitos são altamente inflamáveis. Se durante o processo alguma coisa correr mal, a energia conduzida pela bateria sobreaquece os electrólitos e provoca um incêndio.

 

Estes riscos, contudo, são raros: um erro no processo só ocorre, segundo as estimativas, uma vez em dez milhões de baterias; no entanto, se o problema estiver no processo de fabrico das baterias, as probabilidades aumentam exponencialmente – o que parece ter sido o caso do Samsung Galaxy Note 7, que em 2,5 milhões de unidades registou, segundo dados oficiais da Samsung, 35 episódios com baterias defeituosas.

As más notícias são que, pelo menos por enquanto, ainda não existem alternativas a esta tecnologia. Poderemos, contudo, começar a ver abordagens mais criativas: a Tesla, por exemplo, utiliza baterias de ião de lítio nos seus automóveis, mas também usa um sistema de refrigeração para prevenir situações de sobreaquecimento excessivo.