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Baterias que duram uma semana: as promessas das novas tecnologias de carregamento

Só quem precisa de recarregar o telemóvel com frequência sabe a chatice que é ter de andar de um lado para o outro com um carregador na mão. Felizmente, o futuro das baterias parece promissor! Segundo um estudo relativamente recente da GWI, os portugueses passam em média três horas e meia por dia online em […]

Só quem precisa de recarregar o telemóvel com frequência sabe a chatice que é ter de andar de um lado para o outro com um carregador na mão. Felizmente, o futuro das baterias parece promissor!

Segundo um estudo relativamente recente da GWI, os portugueses passam em média três horas e meia por dia online em telemóveis. Os mais jovens, entre os 16 e os 24 anos, dedicam até cinco horas todos os dias. Para aqueles que estão sempre ligados, estes números podem parecer consideravelmente baixos.

Em todos os casos, o que nos importa nesta pesquisa é o facto de que o tempo de ecrã em telemóveis tem aumentado não apenas em Portugal, mas em todo o mundo. Como consequência, novos modelos de smartphones são lançados com baterias que permitem ficar online sem recargas durante mais tempo.

A duração prolongada da bateria de um telemóvel é possível graças a novas tecnologias no sector, sobre as quais vamos falar hoje. Afinal de contas, o que influencia a duração das baterias? E quais são as promessas para o futuro? Nos tópicos abaixo vamos responder a estas questões e a outras também!

O que influencia a duração das baterias dos telemóveis?

Antes de falarmos sobre as promessas das novas tecnologias de carregamento, é importante listar os elementos que influenciam na duração das baterias dos telemóveis modernos. Basicamente, podemos dividi-los em dois campos: software e hardware, ou seja, o que a bateria está a alimentar e de que é feita.

No primeiro aspecto, consideramos os tipos de ecrãs e os seus brilhos, quais aplicações estão a ser usadas, quais as conectividades activadas (entre Bluetooth, Wi-Fi e dados móveis), sistema operativo, actualizações, GPS, notificações, sincronização e muito mais. Tudo isso “drena” a carga da bateria.

O segundo ponto inclui a capacidade da bateria, de que material é feita, qual a idade que tem e que tipo de carregadores e cabos estão a ser utilizados. Ou seja: para se ter uma bateria que dure mais tempo, é necessário que ambos os aspectos sejam optimizados, o que requer o avanço das tecnologias.

Quais são as promessas tecnológicas para o futuro das baterias?

Actualmente, o telemóvel com a bateria mais duradoura do mundo é capaz de se manter ligado durante até 94 dias, desde que esteja apenas em “standby” e não seja utilizado. Embora este seja o exemplo mais extremo de baterias duradouras, quando reduzimos o tempo para uma semana, já existem mais modelos.

De um modo geral, os aparelhos com baterias que duram entre 12 e 24 horas são os mais comuns, tendo em conta que mesmo o utilizador mais ávido poderá deixar o aparelho a carregar durante o período em que dorme. Telemóveis que excedem esta média costumam ser direccionados para actividades mais extremas.

Na prática, isto significa que telemóveis com baterias que duram uma semana não são apenas uma promessa para o futuro, mas uma realidade do presente; embora ainda não acessível no mercado convencional de smartphones. O que se espera é a expansão do alcance para todos os tipos de utilizadores.

O que devo considerar ao escolher um telemóvel pela bateria?

Tendo em conta o que falámos nos parágrafos anteriores, fica clara a importância de considerar quanto tempo dura a bateria de um telemóvel antes de fazer uma compra, de acordo com os seus interesses. Esta não é uma tarefa difícil, já que se trata de uma informação disponibilizada pelas marcas fabricantes.

Apesar disso, é preciso ponderar também que um telemóvel com uma bateria que dure muito tempo não será necessariamente o melhor: é possível que o período seja extenso porque aquilo que ele é capaz de fazer do ponto de vista de “software” é limitado. Quanto mais potente a tarefa, mais bateria é consumida.

Aliado a isto, vale considerar que os telemóveis com baterias que duram períodos extremos não são uma necessidade para os indivíduos que trabalham e vivem em espaços onde a electricidade está amplamente disponível. Neste sentido, baterias que duram uma semana não são uma preocupação imediata.

Que as baterias do futuro serão mais potentes não há qualquer dúvida, mas não podemos deixar de fora as reflexões sobre a redução no tempo de ecrã e os movimentos de minimalismo digital. No fim de contas, as tecnologias de baterias colocarão o controlo das decisões nas mãos dos indivíduos.

Imagem de Mika Baumeister no Unsplash