BlackBerry: menos smartphones, mais clientes empresariais
A crise ainda não acabou na BlackBerry, que deverá dispensar 4500 funcionários e reduzir o seu portefólio de smartphones, além de se vir a focar no mercado empresarial
Se BlackBerry foi outrora sinónimo de sucesso, hoje em dia o seu significado apresenta-se no extremo oposto: a outrora gigante tecnológica do Canadá reportou uma previsão desastrosa do seu segundo trimestre fiscal e as expectativas em relação ao seu futuro não são melhores.
As perdas esperadas situam-se em valores astronómicos entre os 950 e os 955 milhões de dólares, aos quais se juntam a dispensa de 4500 funcionários e a obrigação de repensar a sua estratégia, o que muito provavelmente poderá ditar o fim da BlackBerry tal como a conhecemos – a empresa poderá largar o mercado dos consumidores comuns e passar a oferecer serviços empresariais.
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E como pensa a BlackBerry em executar esta estratégia? Uma das medidas possíveis poderá passar pela redução do seu portefólio de smartphones de seis para quatro (a empresa disponibiliza actualmente cerca de dois dos novos BlackBerry 10). Tendo em conta que o mercado é dominado actualmente pelo Android e pelo iPhone, uma das possíveis escapatórias da empresa poderá resumir-se ao segmento corporativo, no qual a BlackBerry sempre gozou de relativo sucesso.
Os serviços de hardware e software da BlackBerry também poderão passar a estar disponíveis a outras empresas. Os custos relativos a operações da empresa deverão ser reduzidos para metade até ao fim do primeiro trimestre fiscal de 2015. “Estamos a implementar as difíceis, mas necessárias alterações operacionais anunciadas hoje para endereçar a nossa posição em uma indústria em amadurecimento e mais competitiva, e para conduzir a empresa à rentabilidade”, afirmou o director-executivo da empresa, Thorsten Heins.