Bloqueio de telemóveis afectaria 18 milhões
A Associação Nacional das Operadoras Celulares (ACEL) considera que o bloqueio do sinal de telemóveis em áreas próximas dos presídios não é a forma mais eficaz de evitar a comunicação dos detidos com o mundo exterior.
Uma das alternativas seria a instalação de aparelhos detectores de metais nas entradas das prisões, como acontece nos aeroportos e nas agências bancárias brasileiras, para evitar a entrada de telemóveis.
Desde a última sexta-feira, o sinal dos telemóveis foi bloqueado em áreas próximas de seis presídios do Estado de São Paulo, na sequência de uma determinação judicial com o objectivo de evitar que os líderes de um grupo criminoso, o Primeiro Comando da Capital (PCC), coordenem novos ataques a partir do interior dos presídios.
O sinal dos telemóveis ficará bloqueado até o dia 8 de Junho, prazo que o regulador brasileiro do sector terá para encontrar uma solução definitiva para o problema.
Estimativas apontam para que pelo menos 300.000 utilizadores, que moram em regiões próximas dos presídios, estejam a ser prejudicados com a interrupção da transmissão do sinal de telemóveis.