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Carphone Warehouse com acções em quebra

Saturação do mercado dos telemóveis obriga à revisão das estratégias das empresas especializadas na venda a retalho.

Com o mercado europeu a atingir taxas médias de penetração dos telefones móveis na casa dos setenta porcento, a Carphone enfrenta um dilema quanto ao seu futuro.

A resposta dos operadores faça à saturação do mercado tem globalmente ido no sentido do abandono do subsidiamento dos terminais, favorecendo os planos de assinatura e aumentando a média geral de preços. Nesta medida, a Carphone, como empresa especializada, pode beneficiar do prejuízo de outros, mormente dos supermercados e grandes superfícies cuja estratégia de venda assentava nos baixos preços e, sobretudo, nos pacotes pré-pagos.

Não obstante, porém, no primeiro semestre fiscal de 2001 e no Reino Unido a Carphone ainda fazia depender em 42 porcento as suas receitas da venda de terminais móveis associados a planos pré-pagos.

A empresa defende-se e mantém a sua estratégia. O director financeiro da Carphone declarou mesmo ao Financial Times: “Nos passados dois a três anos o nosso negócio tem-se concentrado no mercado de assinaturas, de substituição e nos consumidores com maior poder de compra. Os operadores querem clientes fiéis e gastadores e privilegiarão pontos de distribuição que lhes garantam isso, o que se enquadra na nossa estratégia”.