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Carregar o smartphone num minuto. Em breve será possível

Enquanto que por cá estamos presos a baterias de lítio que demoram horas a recarregar, em Stanford a história é diferente. 


Certamente se recordam dos tempos em que carregar um telemóvel demorava quase meio dia. Numa altura em que a Nokia claramente governava o mercado móvel com reconhecimento além-fronteiras, os telemóveis da empresa finlandesa demoravam “eternidades” até ficarem totalmente carregados.

Estamos portanto a falar de há mais de dez anos atrás onde o famoso Nokia 3310 liderava as modas, em conjunto com outros telemóveis de algumas marcas que, passado uma dezena de anos se encontram inactivas, como a Ericsson ou a Siemens.

E é de facto um exercício engraçado, verificar a evolução que esta tão importante componente tem vindo a sofrer ao longo dos anos.


A HISTÓRIA

Ainda pegando no Nokia 3310, este tinha uma bateria com uma cómoda capacidade de 900 mAh, que chegava para praticamente uma semana de uso (quase) constante. O ecrã monocromático assim como uma conectividade GSM, logicamente que ajudava e muito, a que a uma bateria com tão pouca capacidade durasse todo esse tempo.

Volvidos quinze anos, a evolução na área das baterias é claramente notória. Hoje em dia, um  smartphone ordinário facilmente vem acompanhado de, pelo menos, 1.000 mAh, ao passo que smartphones considerados topos de gama, vêm – caso do LG G3 por exemplo – com o triplo dessa capacidade.

No entanto, se uma coisa aumenta a outra também. Assim tem sido a proporção em termos evolutivos dentro da área das componentes de hardware móveis. À medida que uma componente é melhorada, automaticamente as restantes também têm de sofrer algumas alterações de forma a que se consiga manter um determinado equilibrio funcional no equipamento.


Deste modo, algumas coisas melhoraram, mas outras pioraram. Toda a experiência mobile oferece ao utilizador uma multitude de opções que há quinze anos eram impensáveis, como asssitir a vídeos de alta resolução, aceder à internet como se estivéssemos no computador de casa com poucos toques no ecrã, jogar jogos com um grafismo superior a algumas consolas, entre todo um mundo tecnológico previamente inacessível.

Então, o que sofre com tudo isto? Sim, é isso mesmo… a bateria.

Actualmente encontrar um smartphone que aguente funcionar durante mais do que um dia, dia e meio com uma utilidade relativamente intensiva é uma autêntica raridade, salvo algumas excepções.

Contudo, as boas notícias são que hoje em dia, consegue-se carregar um smartphone em pouco menos de 3 horas. E mesmo esse tempo, está prestes a mudar radicalmente.


O FUTURO

Na Universidade de Stanford dos Estados Unidos, um grupo de investigadores conduziu uma experiência que culminou num resultado nada menos que impressionante. Conseguiram criar uma bateria à base de alumínio que recarrega totalmente em apenas um minuto!

Hongje Dai, químico que fez parte da investigação, afirmou que «Desenvolvemos uma bateria recarregável de alumínio, capaz de substituir as baterias alcalinas e de lítio».

Ainda de acordo com a equipa que conduziu a investigação, esta nova bateria para além de poder ser recarregada num muito curto espaço de tempo também é dobrável, o que abre portas à sua inserção em smartphones flexíveis.

O único senão é mesmo a voltagem. Produzindo apenas 2 volts, a inserção desta nova bateria na maioria dos smartphones ainda é inviável. Contudo, Hongje Dai explica que «Ao melhorar os materiais, existe a possibilidade de aumentar a voltagem».

São sem dúvida exclentes notícias. Se de facto a experiência levada a cabo na Universidade de Stanford produzir resultados palpáveis em termos de mercado, não faltará muito tempo até que os dias em que um smartphone demora horas a ficar totalmente carregado fiquem para trás.

Assim, poder-se-á mascarar o problema que constitui a fraca autonomia dos smartphones durante mais algum tempo.