Carros feitos cabines telefónicas

Nos Estados Unidos, a taxa de utilização do telemóvel enquanto se conduz ainda é muito alta. Mesmo com as proibições impostas.

O automóvel ainda é o lugar preferido dos norte-americanos para usarem o telefone. Por uma questão de não querer perder ou, pura e simplesmente, por poderem falar mais à vontade, o certo é que é ao volante que os americanos gostam de pôr a conversa em dia no telemóvel. E o número de acidentes não pára de crescer.

As autoridades norte-americanas não têm dúvidas quanto às razões do aumento do número de acidentes rodoviários: as pessoas ainda continuam a falar ao telemóvel enquanto conduzem. Mesmo com as medidas restrictivas e, em alguns estados (como o de Nova Iorque) mesmo proibitivas, que foram adoptadas os acidentes acontecem por causa das conversas ao telefone.

O estudo foi feito pela Gartner, e é bem claro na análise dos hábitos telefónicos dos norte-americanos: metade (49.5%) das chamadas feitas por telemóvel ou para telemóvel destinam-se ou provêm de alguém que está a falar de um automóvel. Em segundo lugar, ou seja, o segundo local preferido para fazer ou receber chamadas no telefone de rede móvel é a casa, mas apenas com 18.6%.

As medidas tomadas pela grande maioria dos estados dos EUA têm este factor em causa. Concretamente no estado de Nova Iorque, é proibido ao condutor segurar o telemóvel, mas se tiver kit mãos livre já pode ir a falar e conduzir ao mesmo tempo.

Apesar de ser necessário advertir o condutor para os perigos de conduzir e falar ao mesmo tempo, proibir o uso de telemóveis no interior dos automóveis é negar a própria natureza e filosofia dos aparelhos. Isto é, se os telemóveis pressupõem o uso de uma tecnologia de telecomunicações móveis, seria contraditório pedir às pessoas que falassem… paradas.