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Comércio electrónico «pega forte» nas favelas do Rio

Cerca de 3.000 comerciantes das favelas da Rocinha e Maré, as duas maiores do Rio Janeiro, abastecem-se através da Internet, foi hoje divulgado pela imprensa local.

Cerca de 3.000 comerciantes das favelas da Rocinha e Maré, as duas maiores do Rio Janeiro, abastecem-se através da Internet, foi hoje divulgado pela imprensa local. Além disso, a partir do final deste mês, os comerciantes das favelas cariocas vão poder utilizar o portal Viva Favela (www.vivafavela.com.br) para negociar de forma colectiva com os fornecedores, informou o diário económico “Gazeta Mercantil”. “A ideia é os comerciantes poderem comprar as mercadorias ao mesmo preço que os grossistas”, disse Ruben César Fernandes, da organização não governamental Viva Rio. A “digitalização” das favelas é financiada por um crédito de 1,5 milhões de dólares (cerca de 330 mil contos) provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O Viva Rio tem por objectivo levar a Internet a 20 favelas da cidade, alcançando um volume de 40.000 operações de comércio electrónico por mês. A meta é que o portal Viva Favela mobilize seis milhões de dólares (1,3 milhões de contos) anualmente em negócios entre empresas, o B2B (business to business) no jargão cibernético. “O índice de incumprimento de contratos é baixo. A maior parte dos comerciantes das favelas paga a dinheiro”, disse Adriana Dutra, do Viva Rio. O Viva Favela foi criado para oferecer serviços, informação e oportunidades de comércio electrónico a comunidades de baixos rendimentos do Rio de Janeiro. Segundo um censo oficial datado de finais de 2000, o Brasil tem 3.905 favelas, sendo que 811 estão localizadas no Rio de Janeiro. Organizações não governamentais calculam que as favelas do Rio de Janeiro alberguem cerca de três milhões de pessoas, metade da população da cidade.