Como as réplicas afectam as tecnologias
Marcas como a Xiaomi, queixaram-se recentemente em como a imitação dos seus equipamentos afecta directamente as vendas da empresa.
- João Fonseca
- 14/04/2015
- Mobile, Tecnologia, Xiaomi
Réplicas não são novidade para ninguém. Existem centenas de marcas brancas no mercado cujo único objectivo é proporcionar uma experiência ao consumidor o mais similar possível às cunhos originais, sendo que existe claramente uma preferência e orientação para certos equipamentos como é o caso do iPhone por exemplo.
Funcionam um pouco como a ovelha negra da indústria. São autênticas pedras nos sapatos de várias marcas reconhecidas em que as mesmas por mais que tentem, não conseguem descalçar.
PREFERÊNCIA
Logicamente que as réplicas afectam mais marcas do que outras, consoante a demanda por determinado produto. O caso do iPhone e dos Samsung Galaxy’s são de certa forma flagrantes, pois constituem provavelmente as duas linhas de equipamentos que mais procura obtêm no mercado. De seguida temos marcas como a HTC e a LG que também são alvo de várias réplicas, contudo, não na mesma quantidade que os equipamentos anteriores.
Por norma, as imitações feitas pelas tais marcas brancas apenas se assemelham aos equipamentos originais no exterior. Afinal de contas, porquê gastar mais dinheiro em componentes de qualidade se o exterior só por si já vende o suficiente? E é exactamente isso que se passa com a Xiaomi, que tem aparentemente sido vítima de várias marcas que imitam os seus produtos.
QUEBRA NAS VENDAS
Recentemente Lei June, CEO da Xiaomi, queixou-se da contrafacção de produtos da sua empresa e em como essa mesma contrafacção afectou directamente as vendas do Mi Power Bank, um carregador com uma bateria portátil cujas previsões no que respeita a vendas não foram cumpridas.
«Qual é o maior problema? Existem muias imitações. Se não existissem imitações, as nossas vendas seriam o dobro ou o triplo. O produto é reconhecido por todos».
Ironicamente, a Xiaomi já foi acusada em tempos de imitar a linha de design dos produtos da Apple, tendo sido essa a principal razão apontada para que a empresa chinesa conseguisse ultrapassar a Apple no mercado asiático.
Poder-se-á afirmar que o feitiço se virou contra o feitiçeiro? Ao que tudo indica, parece que sim.