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Como escolher um tarifário?

É da natureza dos portugueses saber de tudo um pouco, por mais falaciosa que a premissa possa parecer. Na crista da onda, os telemóveis e respectivos tarifários não são excepção. Mas será que sabemos mesmo escolher um tarifário? Não levaremos, muitas vezes, gato por lebre, optando pelo mais caro e julgando levar o mais barato. O Telemoveis.com dá uma ajuda.

A oferta de tarifários de comunicações é cada vez mais vasta e variada. Fabricantes e operadores digladiam-se numa guerra concorrencial sem precedentes e o consumidor, confuso com tanta fartura, anda ao sabor da maré sem saber o que comprar. Acima de tudo, é importante saber-se mesmo o que se pretende e do que realmente se precisa.

Existem tantos pacotes, ofertas e promoções que a opção pelo tarifário mais adequado às necessidades de cada um pode ser bastante complicada. Acresce a isto, o facto de existir pouco aconselhamento independente que ajude os consumidores.

O que ter em conta

Alguns operadores oferecem elevados descontos em chamadas para a mesma rede. Contudo, é altamente improvável que todos os familiares, amigos mais próximos ou contactos profissionais privilegiados estejam na mesma rede. Eventualmente, o ingénuo comprador fará bastante mais chamadas para outras redes, o que pesará sobremaneira no saldo do cartão.

Outra das escolhas difíceis surge quando a opção é entre os cartões pré-pagos (assinaturas) ou por carregamentos, oferecendo ambos vários minutos ou euros em chamadas. Nesta situação, é importante ter em conta se o volume de chamadas do consumidor justifica a opção pelo cartão pré-pago ou se não será mais vantajoso pagar apenas o que se fala, ainda que seja unitariamente mais caro.

Além disso, o pré-pago implica um contrato de fidelidade de 12 ou 24 meses, dificultando uma eventual mudança de operador. Quando se opta pelo pré-pago deve também informar-se acerca da possibilidade de utilização do aparelho no estrangeiro. No Calculador de tarifas do Telemoveis.com é possível saber-se quais os planos mais baratos, tendo em conta as redes para as quais mais se fala e os horários de conversa mais habituais.

Para os que viajam frequentemente, convém saber se as especificações do aparelho que adquirem são compatíveis com as redes dos países de destino. Em países como os EUA ou o México, apenas os telemóveis “tri-band” funcionam. Há operadores que disponibilizam o aluguer de telemóveis “tri-band” para deslocações a estes países, mediante um seguro não muito amigável, que pode tornar-se bastante dispendioso em viagens mais atribuladas.

Utilização no estrangeiro

Quando se chega a um país estrangeiro, alguns telemóveis ligam-se automaticamente à rede com sinal mais forte. Contudo, muitos permitem a ligação a determinada rede que, após consulta prévia, pode afigurar-se como menos dispendiosa. Nalguns casos, terá de se seleccionar essa rede sempre que se ligar o aparelho.

Os custos do “roaming” – termo que designa a utilização de telemóveis fora do país de origem – está actualmente sob investigação da União Europeia. Isto explica-se pelo facto da utilização do aparelho no estrangeiro implicar uma cobrança dupla, ou seja, pelas chamadas efectuadas e pelas recebidas, incluindo mensagens de correio de voz. As taxas de “roaming” variam amplamente consoante o país de destino e entre as redes desse mesmo estado. Para evitar estas taxas, alguns telemóveis permitem a desactivação do correio de voz.

Os viajantes que se deslocam com frequência para um único país optam, muitas vezes, por adquirir um cartão no território de destino, trocando sempre que se deslocam. Outra opção é adquirir um novo telemóvel no país para o qual mais se viaja.

No primeiro caso, é importante confirmar a compatibilidade do cartão com o aparelho que se possui. Isto porque alguns operadores bloqueiam esta possibilidade de poupar algum dinheiro. Muitas associações de consumidores estão a pugnar por medidas que impeçam estes bloqueios aos cartões Sim, tentando facilitar a troca de redes.

Em todo o caso, deve pesquisar-se a fundo as opções, comparar ofertas e saber-se exactamente o que se pretende, distinguindo o essencial do acessório. Talvez não fosse difícil começar com a pergunta: “O que é realmente essencial?”