Como pode a Google resolver a fragmentação do Android?
A Google sabe que um dos maiores problemas do Android é a sua fragmentação. Durante a Google I/O 2013 os engenheiros da Google admitiram que este é um problema contínuo e explicaram como pretendem tentar resolvê-lo.
- Lauro Lopes
- 17/05/2013
- Android, Mobile, Tecnologia
Embora não seja exclusivo do Android, a fragmentação sempre se manifestou mais intensivamente na plataforma da Google – um problema contínuo que os engenheiros da gigante norte-americana não ignoram.
‘Esta é uma questão em que pensamos imenso‘, referiu David Burke, director de engenharia para Android, em declarações à CNET. ‘E estamos a trabalhar internamente para simplificar o processo de desenvolvimento‘.
A questão da fragmentação já não vem de agora. Desde que começou a ganhar popularidade no mercado que sempre foi difícil para as fabricantes e operadores de telecomunicações acompanhar o ritmo de crescimento do Android e as suas respectivas actualizações. São várias as fabricantes que só conseguem actualizar os seus dispositivos vários meses após uma actualização ter sido disponibilizada, por exemplo – isto quando têm sequer a possibilidade de receber actualizações.
Isto significa que, apesar de haver literalmente milhões e milhões de dispositivos Android por todo o mundo, quantidades significativas deles ainda correm versões quase arcaicas como Android 2.2 Froyo ou o ainda popular Android 2.3 Gingerbread – versões que foram apresentadas, respectivamente, em Maio e em Dezembro de 2010.
Uma das possíveis soluções para este problema pode passar pela estratificação do Android, que segundo Burke poderia permitir às fabricantes de dispositivos lançarem actualizações mais depressa – mas para que isso possa ser realizável, é necessário a empresa compreender melhor as diversas variações de hardware a correrem Android.
Por exemplo, por que motivo os mercados emergentes utilizam versões mais antigas do Android, como o Gingerbread? Essencialmente devido a limitações de hardware – não que o Android necessite de recursos abismais, mas as suas aplicações têm vindo a tornar-se cada vez mais exigentes. Isto impede que aplicações mais recentes, por exemplo, corram em dispositivos antigos.
‘Estamos a tentar tornar o Android mais eficiente de forma a que até os smartphones de baixa gama possam utilizar o software‘, referiu.