*Artigo publicado também no iOnline
Comprar online ou não comprar? Eis a questão. No que às compras de Natal diz respeito, contudo, a tradição ainda não foi sobreposta pelas novas tecnologias. Esta semana foram divulgados dados de um estudo da Nielsen e do Observador Cetelem que sugerem que as lojas físicas ainda são « a primeira fonte de informação na decisão de compra » para 75% dos consumidores portugueses.
Curiosamente. e apesar da maior penetração da internet móvel em Portugal, a tendência parece ter sido ainda mais reforçada em comparação com 2013, onde as lojas físicas ocupavam as preferências de 68% dos consumidores.
A percentagem de portugueses que pesquisa informações online antes de se deslocar a uma loja física ainda é pouco expressiva, situando-se nos 10%. Esta percentagem não significa, no entanto, que a restante massa de consumidores não pesquise online – na verdade 27% fazem pesquisas online, mas apenas utilizam este meio enquanto segunda opção.
As adesões às pesquisas online, não surpreendentemente, advêm das camadas mais jovens (18-24 anos), das quais 17% aderem a este método. O contraste é visível comparativamente à faixa etária dos 55-65 anos, que « pouco recorrem à internet para obter informações sobre os produtos ». Neste último segmento, apenas 2% afirmam fazê-lo.
As pesquisas online também são preferidas pelas classes altas (22%) em comparação com as classes mais baixas (2%). É também nos grandes centros que se encontram os maiores adeptos da Internet: Porto (14%) e Lisboia (11%). No Centro apenas 4% opta por pesquisar online antes de visitar as lojas ou ver as montras.
As pesquisas na internet também são realizadas mais vezes por consumidores masculinos (12%) do que femininos (8%). As mulheres, em contrapartida, apreciam mais ver montras e lojas (85%) do que os homens (65%).
