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Computadores e Internet passam ao lado de metade dos portugueses

Computador e Internet são realidades ainda afastadas de quase metade dos portugueses, revela uma sondagem realizada pela International Data Corporation (IDC), em 13 países da Europa Ocidental.

«Lisboa, 03 Abr (Lusa) – Computador e Internet são realidades ainda afastadas de quase metade dos portugueses, revela uma sondagem realizada pela International Data Corporation (IDC), em 13 países da Europa Ocidental, a que a Agência Lusa teve hoje acesso. Numa amostra recolhida através de entrevistas telefónicas à população residente em Portugal Continental com mais de 15 anos, 46 por cento dos inquiridos pela IDC afirmaram não utilizar computador nem ter interesse em navegar na rede. No entanto, a Internet parece, aos olhos dos portugueses, mais atractiva do que o computador. Segundo os dados da IDC, 18 por cento dos entrevistados não possuem computador mas interessam-se pela Internet, enquanto o inverso (utilizadores de computador sem interesse pela rede) é de apenas 7 por cento. Por outro lado, o interesse na Internet é maior entre os que usam computador: apenas 25 por cento dos que já utilizam um PC se afirmaram “nada interessados” na rede, enquanto esse número sobe para 47 por cento entre os que não utilizam este instrumento. De acordo com a sondagem da IDC efectuada em Portugal, 21 por cento dos inquiridos são utilizadores da Internet, mas apenas 3 por cento já aderiram ao comércio electrónico. A esmagadora maioria (82 por cento) dos utilizadores nacionais da Internet tem entre 15 e 44 anos, sendo no grupo dos 15 aos 24 anos que a adesão à rede é maior (34,1 por cento do total de cibernautas). Por outro lado, a Internet quase não chega aos mais idosos já que, segundo os dados da IDC, só 5,5 por cento dos utilizadores da rede têm mais de 55 anos. Quando inquiridos sobre as razões para não navegar na Internet, mais uma vez o facto de já utilizar computador faz a diferença: se para este grupo a falta de interesse na rede ou o preço do serviço são as barreiras determinantes, o que assusta os não utilizadores de computador é a dificuldade da Internet. Entre os poucos cibercompradores nacionais, metade gasta entre dez e cinquenta mil escudos em compras na rede, e só seis por cento se aventuram a fazer compras online de valor superior a cem mil escudos. O cartão de crédito é o método de pagamento utilizado por 84 por cento dos compradores on line nacionais inquiridos, sendo a transferência bancária (7 por cento) ou o contra-reembolso (5 por cento) quase residuais. Quanto às razões apontadas por portugueses e europeus para não comprar on line, a insegurança no pagamento e a impessoalidade são as respostas mais frequentes em ambos os grupos. Curiosamente, um quarto dos portugueses inquiridos não sabe responder a esta pergunta, contra 0 por cento dos inquiridos nos outros países da Europa Ocidental. Música, vídeo, livros, hardware, viagens e software são os produtos preferidos dos compradores on line na Europa Ocidental. Segundo dados da IDC, o comércio electrónico nacional representou, em 1999, menos de 0,2 por cento do Produto Interno Bruto, embora a empresa de consultores aponte para que, em 2003, essa percentagem suba para os 3 por cento, o que representaria um volume de negócios de 594 milhões de contos. A adopção da Internet e do comércio electrónico na Europa Ocidental parece fazer-se a três velocidades: no grupo mais “atrasado” estão os países do Sul da Europa (Portugal, Espanha, Itália, França), depois, numa velocidade intermédia, os países da Europa Central (Alemanha, Áustria, Reino Unido e Suíça) e, finalmente, a liderarem o processo, os países escandinavos (Finlândia, Noruega, Dinamarca e Suécia). A sondagem da IDC foi realizada junto de 11.239 pessoas, em 13 países da Europa Ocidental, das quais 631 em Portugal.»