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Da Suécia, com amor

O caso de espionagem em pleno coração da sede da multinacional Ericsson já fez mais vítimas: dois membros diplomáticos russos.

Afinal, tudo ficou mais perceptível quando o Governo sueco em comunicado enviado ontem à Embaixada da Rússia, em Estocolmo, dava ordem de expulsão a dois membros do corpo diplomático daquele país – declarando-as personnas non gratas – por “actividades incompatíveis com o seu estatuto diplomático.

Isto significa, tão somente, que pelo menos aqueles dois funcionários da embaixada estavam envolvidos no caso de espionagem industrial, no âmbito do qual três outros funcionários da Ericsson foram detidos pela polícia sueca, na semana passada, sob a acusação de passarem informações confidenciais da multinacional a serviços secretos estrangeiros.

O principal suspeito, despedido da Ericsson há mais de seis meses, foi detido quando tentava encontrar-se pessoalmente com o seu contacto na embaixada russa. Os outros dois implicados apenas foram vistos – dado confirmado pelas investigações internas da própria Ericsson – a entregar uns documentos ao indivíduo agora detido (o dito terceiro elemento e principal suspeito até agora). Estes dois funcionários foram unicamente suspensos das suas actividades na empresa, aguardando que lhes seja determinado o futuro imediato.

Pelo que a imprensa sueca tem referido, e ao contrário das explicações dadas pela Ericsson, o material alvo de espionagem terá a ver com o projecto JAS-39 Gripen, avião de combate sueco britânico, mais concretamente o seu equipamento de comunicação por rádio e os sistemas de radar nele instalados.