A Nokia vendeu a sua divisão de telemóveis e serviços à Microsoft, mas continua a existir enquanto empresa. Como pode a Nokia fazer dinheiro depois de abandonar o mercado dos telemóveis?
Este será provavelmente um dos grandes assuntos tecnológicos da semana: a aquisição da divisão de telemóveis e serviços da Nokia por parte da Microsoft que, ao mesmo tempo, surpreendeu todos e não surpreendeu ninguém.
Esta hipótese já estava no ar há algum tempo, mas sempre esteve sujeita a teorias da conspiração que indicavam que o director-executivo da empresa finlandesa – Stephen Elop, ex-funcionário da Microsoft – estaria a actuar como “cavalo de tróia” para a empresa de Steve Ballmer. A Nokia, por sua vez, negou todos os rumores de que estaria sequer a considerar seguir este rumo até que, bem, vendeu realmente uma das suas divisões mais icónicas à sua principal parceira dos últimos dois anos.
A Microsoft, contudo, não comprou a Nokia: comprou apenas a sua divisão de telemóveis e serviços, além de ter investido no portefólio de patentes detido pela empresa. Isto significa que a Nokia vai continuar a existir e a operar enquanto empresa, apenas fora do mercado dos telemóveis – que por sinal não é nem nunca foi o único onde a empresa operou. Como poderá a Nokia, então, continuar a fazer dinheiro enquanto empresa?
Nokia Here, uma alternativa aos mapas da Google?
É mesmo verdade: os mapas da Nokia são um dos produtos mais fortes da empresa finlandesa, o que explica o porquê da companhia ter optado por não vender este serviço à Microsoft. Desta forma a Nokia vai conseguir licenciá-los para o Bing, permitindo rentabilizar os seus serviços, mas também continuar a disponibilizá-los para outras aplicações.
Patentes: licenciar ou processar? Eis a questão
A Nokia detém um portefólio com mais de 16 mil patentes e cujo valor estimado se encontra na ordem dos 4 mil milhões de dólares. A empresa já licencia actualmente patentes suas a mais de 40 empresas, mas também não tem medo de levar as empresas que considera infringir a sua propriedade intelectual – como a HTC e a BlackBerry, entre outras – a tribunal. E se os processos legais são longos e complicados, poderão continuar a garantir bom dinheiro à empresa se optar por esta via.
NSN: Nokia Solutions and Networks
A Nokia também é uma empresa envolvida no mercado de redes e telecomunicações, onde tão recentemente quanto em Julho investiu cerca de 2.22 mil milhões de dólares para recuperar a sua “fatia” à Siemens, que detinha 50% da quota do empreendimento. O facto de a Nokia ter vendido a sua divisão de telemóveis e serviços parece não ter afectado esta sua área de negócio.
“Para a NSN continuam a ser negócios. Permanecemos focados em executar a nossa estratégia, completar a nossa reestruturação e levar diariamente a nossa inovação de topo aos nossos clientes”, afirmou o director-executivo da NSN, Rajeev Suri.
Uma nova Nokia
A nova Nokia será definitivamente uma empresa muito mais pequena e compacta, o que talvez a venha a favorecer mais. As próprias acções da Nokia dispararam 47% após as notícias da sua venda à Microsoft. E uma Nokia mais compacta significa uma Nokia mais focada, o que poderá agradar aos investidores.
BLAH BLAH BLAH
EMBED KUANTOKUSTA
Este será provavelmente um dos grandes assuntos tecnológicos da semana: a
aquisição da divisão de telemóveis e serviços da Nokia por parte da
Microsoft que, ao mesmo tempo, surpreendeu todos e não surpreendeu
ninguém.
Esta hipótese já estava no ar há algum tempo, mas sempre esteve sujeita a
teorias da conspiração que indicavam que o director-executivo da empresa
finlandesa – Stephen Elop, ex-funcionário da Microsoft – estaria a actuar
como “cavalo de tróia” para a empresa de Steve Ballmer. A Nokia, por sua
vez, negou todos os rumores de que estaria sequer a considerar seguir
este rumo até que, bem, vendeu realmente uma das suas divisões mais
icónicas à sua principal parceira dos últimos dois anos.
A Microsoft, contudo, não comprou a Nokia: comprou apenas a sua divisão
de telemóveis e serviços, além de ter investido no portefólio de patentes
detido pela empresa. Isto significa que a Nokia vai continuar a existir e
a operar enquanto empresa, apenas fora do mercado dos telemóveis – que
por sinal não é nem nunca foi o único onde a empresa operou. Como poderá
a Nokia, então, continuar a fazer dinheiro enquanto empresa?
Nokia Here, uma alternativa aos mapas da Google?
É mesmo verdade: os mapas da Nokia são um dos produtos mais fortes da
empresa finlandesa, o que explica o porquê da companhia ter optado por
não vender este serviço à Microsoft. Desta forma a Nokia vai conseguir
licenciá-los para o Bing, permitindo rentabilizar os seus serviços, mas
também continuar a disponibilizá-los para outras aplicações.
Patentes: licenciar ou processar? Eis a questão
A Nokia detém um portefólio com mais de 16 mil patentes e cujo valor
estimado se encontra na ordem dos 4 mil milhões de dólares. A empresa já
licencia actualmente patentes suas a mais de 40 empresas, mas também não
tem medo de levar as empresas que considera infringir a sua propriedade
intelectual – como a HTC e a BlackBerry, entre outras – a tribunal. E se
os processos legais são longos e complicados, poderão continuar a
garantir bom dinheiro à empresa se optar por esta via.
NSN: Nokia Solutions and Networks
A Nokia também é uma empresa envolvida no mercado de redes e telecomunicações, onde tão recentemente quanto em Julho investiu cerca de 2.22 mil milhões de dólares para recuperar a sua “fatia” à Siemens, que detinha 50% da quota do empreendimento. O facto de a Nokia ter vendido a sua divisão de telemóveis e serviços parece não ter afectado esta sua área de negócio.
“Para a NSN continuam a ser negócios. Permanecemos focados em executar a nossa estratégia, completar a nossa reestruturação e levar diariamente a nossa inovação de topo aos nossos clientes”, afirmou o director-executivo da NSN, Rajeev Suri.
A nova Nokia
A nova Nokia será definitivamente uma empresa muito mais pequena e compacta, o que talvez a venha a favorecer mais. As próprias acções da Nokia dispararam 47% após as notícias da sua venda à Microsoft. E uma Nokia mais compacta significa uma Nokia mais focada, o que poderá agradar aos investidores.