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Despedimentos à espreita na Siemens

A crise continua por resolver e não há ainda decisões sobre o futuro da Siemens Mobile.

Desvaneceram-se as esperanças de que saia uma decisão definitiva na assembleia geral de accionistas da próxima segunda-feira, pelo que o futuro da Siemens Mobile continua muito tremido. E representantes dos trabalhadores já temem por mais desdpedimentos.

Fechar, vender ou constituir uma empresa conjunta com um parceiro estratégico são as opções que continuam em cima da mesa, sendo a última a mais desejada. Quanto aos interessados, a sul-coreana LG Electronics vem sendo apontada como potencial futura proprietária, enquanto a chinesa Ningbo Bird e a japonesa NEC são os mais fortes candidatos a parceiros na criação de uma nova empresa para assumir o negócio.

Mas uma coisa é certa: a Siemens Mobile vai deixar de existir tal como existe. A empresa tem vindo a perder terreno para a concorrência, nomeadamente com o avanço acelerado das exigência do mercado em termos de inovação e de rapidez no lançamento de novos telemóveis. Na Ásia, por exemplo, as vendas da marca alemã sofreram com a falta de oferta de equipamentos dotados de câmara fotográfica.

Desde há dois anos, a Siemens Mobile foi relegada para a quarta posição mundial entre os fabricantes e, no terceiro trimestre, detinha apenas 7,6% de quota de mercado, segundo a Gartner. Ora, está assim bem longe dos 31% da líder Nokia e dos 15% que a própria Siemens considera ser o patamar mínimo para poder ser rentável.

A criação de uma joint-venture de 50%/50% com um parceiro estratégico é a opção preferida pelos analistas e seguiria, de resto, a solução que a própria Siemens adoptou quanto á divisão de electrodomésticos com a Bosch e dos computadores com a japonesa Fujitsu. Ainda que a venda total não esteja afastada e o encerramento pareça ser a hipótese menos provável, pois a empresa considera ter na sua marca «um valor inestimável» e afirma ter também de pensar «nos nossos trabalhadores e nos nossos clientes».