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Deutsche Bank aconselha PT a vender participação na Vivo

O banco considera que o grupo de telecomunicações poderá arrecadar 2,65 mil milhões de euros com a venda, dos quais dois mil milhões correspondem ao valor da empresa e o restante ao pagamento da dívida.

O banco considera que a PT poderá arrecadar 2,65 mil milhões de euros com a venda, dos quais dois mil milhões correspondem ao valor da empresa e o restante ao pagamento da dívida. Com este montante, a operadora poderia recomprar 27 por cento das suas acções por ano, entre 2005 e 2007, continuando o programa de remuneração dos accionistas que iniciou o ano passado, explica o Deustche Bank. A PT anunciou, em 2003, um programa de recompra de acções até 10 por cento do capital social até ao final deste ano. A venda da Vivo é ainda justificada pelos analistas com crescimento do mercado móvel no Brasil. O Deutsche Bank prevê que no mercado brasileiro haja 20 milhões de novos clientes de telemóveis nos próximos três anos, dos quais 30 por cento serão Vivo. Do ponto de vista da Telefonica Móviles, diz o banco, a compra da Vivo seria benéfica dadas as perspectivas de crescimento do negócio e permitiria uma oferta de um produto mais integrado em São Paulo, dado que a Telefonica controla a operadora de telefones fixos, Telesp. A Vivo é detida em partes iguais pela Portugal Telecom, através da operadora brasileira Telesp Celular, e a Telefonica Móviles. A operadora é a maior operadora de telecomunicações móveis do Hemisfério Sul, com mais de 20 milhões de utilizadores em 19 dos 27 estados brasileiros onde está presente. A comissão executiva da PT tem afirmado diversas vezes que o investimento no Brasil é de longo prazo, numa perspectiva de crescimento do grupo a nível internacional, e não tem perspectiva de sair do mercado, apelidando o seu interesse.