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Difusão desportiva será via telemóvel

Informação disponibilizada «à la carte».

«Desde 2002, temos feito tudo o que se podia fazer para adquirir os direitos de difusão dos grandes acontecimentos desportivos, porque esta evolução não é pontual mas uma forte tendência de consumo»,assegurou Julien Billot, director de desenvolvimento do operador Orange France, durante uma conferência sobre «Os novos ecrãs do desporto», organizada nesta semana no Mónaco.

Actualmente possível através da digitalização dos conteúdos, esta evolução vai impor-se porque coincide com a vontade dos consumidores de aceder a uma «diversão personalizada», programada à medida, de acordo com Julien Billot, que apontou 100 mil utilizadores de vídeo no telemóvel via Orange em 2005 e «vários milhões no próximo ano».

Do clipe que resume os melhores momentos de uma partida até à transmissão de um encontro em directo graças ao sistema DVB-H, passando pela consulta de imagens de arquivo, a participação em fóruns interactivos ou jogos, as possibilidades são muitas.

Nessa perspectiva, Jean Réveillon, secretário geral da União Europeia de Radiodifusão (UER), considera que a distinção será feita entre os meios «não lineares» – televisão, Internet ou telefone – que oferecerão conteúdos à escolha, e «lineares», que disponibilizarão a todos os espectadores o mesmo programa ao mesmo tempo.

A mesma diferenciação existirá igualmente em matéria de direitos desportivos e os montantes já não serão calculados em função do suporte de difusão, mas em função de se tratar de uma difusão programada ou «à l acarte», afirmou por seu lado Andrew Thompson, director de desenvolvimento de novos médias e desportos para a cadeia BBC Sport.

Não obstante, Niclas Ericson, responsável pelos direitos TV da Federação Internacional de Futebol (FIFA), estima que os direitos de retransmissão continuarão a ser «a fonte de receitas mais importante».