E os telefones 3G?

O presidente do Fórum UMTS acha que os telemóveis 3G ainda não estão no ponto, mas pode estar para breve a resolução desse problema.

Por acreditar que a 3G é um poderoso condutor para o rápido desenvolvimento dos terminais com capacidade de explorar ao máximo as vantagens da internet (full-web browsing), Bernd Eylert acredita que os problemas de compatibilidade que têm surgido entre terminais e infra-estruturas podem ser perfeitamente ultrapassados a muito curto prazo, sem que isso possa provocar efeitos a longo prazo no serviço.

“Para cumprir as promessas feitas com a implementação da 3G, os fabricantes terão de resolver uma série de problemas, maioritariamente relacionados com as limitações dos próprios terminais desde o tamanho dos ecrãs (grandes, de preferência), até às questões de fabrico, aquecimento dos terminais e do fraco desempenho das baterias, das quais depende totalmente o bom desempenho de qualquer terminal”, explicou Eylert. Além disso, há que ter em conta as novas necessidades em termos de teclado onde, por exemplo, é preciso integrar o caracter “@”, muito utilizado no acesso ao mail.

Talvez a maior dor de cabeça para os fabricantes 3G no momento seja a relação, em termos de consumo, processador/bateria. É que com a crescente implementação de novas utilidades no telemóvel, também os processadores vão ficando necessariamente mais rápidos, consequentemente gastando mais energia. E é sabido que as baterias de hoje (Ni-Cd, Ni-MH, Li-Po) estão longe de responder satisfatoriamente às exigências dos telemóveis mais complexos. Já para não falar nos ecrãs a cores, que também contribuem para um maior gasto de baterias.

“Os processadores poderão ser configuráveis para conseguirem suportar voz, dados, ligações à internet, mobilidade e necessidades domésticas (bem diferentes das profissionais!)”, concluiu. Aqui, tal como na informática comum, quanto mais avançadas e complexas forem as tarefas a executar pelo telemóvel, maior será a necessidade de memória. Aliás, neste capítulo, os consumidores bem podem agradecer ao Java o facto dos fabricantes terem começado a interessar-se mais pela capacidade de memória a incluir nos aparelhos. É que este tipo de linguagem pode ser compatível com qualquer tipo de arquitectura de processador, mas tem essa grande desvantagem de ser “gastadora” de memória.