É por isto que devias lançar um iPhone mini, Apple
Porque um Apple iPhone mais acessível poderia permitir triplicar a quota de mercado da Apple na China, o actual maior mercado mobile do mundo.
O Apple iPhone mini não passa de um rumor, da mesma forma que que o iPad mini também já o foi – afinal o mini iPad da Apple era para nunca ter existido, portanto as hipóteses parecem-nos bem mais sorridentes se olharmos para o iPhone. E se a Apple já recusou a hipótese de lançar um iPhone barato, a verdade é que em termos financeiros faria todo o sentido recorrer a essa estratégia.
De acordo com Katy Huberty, analista da Morgan Stanley, um Apple iPhone ‘mini’ poderia contribuir para triplicar a quota de mercado da Apple no maior mercado mobile do mundo, a China. Isto poderia traduzir-se em lucros na ordem dos 2.4 mil milhões de dólares – ainda que a margem fosse menor que com o iPhone ‘normal’. As estimativas da analista tiveram em conta um hipotético Apple iPhone mini disponível a um preço equivalente de $330.
O facto de se recusar a fazer um iPhone barato, ou um mau produto – como referiu Tim Cook bastante recentemente – não significa que a empresa da maçã tenha colocado de lado a estratégia que seguiu com o iPad mini.
Por outro lado, existe a possibilidade de baixar agressivamente os preços dos seus produtos, ou simplesmente criar uma nova categoria de produto mais barata que o iPhone actual e que venha responder às mesmas necessidades dos consumidores. Foi o próprio Tim Cook quem referiu que o iPad foi a resposta da Apple à procura por um Mac mais acessível, da mesma forma que o iPod Shuffle se converteu numa versão acessível do iPod touch.
Mas supondo que haverá mesmo um iPhone mini, como faria a Apple para combater as margens de lucro mais baixas? Bem, a resposta da analista da Morgan Stanley não deixa de ser interessante: mesmo num cenário com uma margem bruta de 40% de lucros e um índice de canibalização de um terço dos iPhones, um risco que sempre foi considerado desde o início dos rumores sobre um iPhone mais acessível, o iPhone mini acrescentaria lucros adicionais à fabricante da maçã.
É claro que ainda há uma última meta por ultrapassar antes de definitivamente não ter alternativa a não ser arranjar uma estratégia alternativa: o mercado Chinês, onde a Apple ainda tem uma potencial fatia de mercado a explorar com os 700 milhões de clientes da China Mobile, o maior operador de telecomunicações desse país e que ainda não disponibiliza o iPhone.