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Entrevista com Jaime Ferreira (Samsung)

Jaime Ferreira, 37 anos, responsável pelo Departamento de Telecomunicações da Samsung Portuguesa, acedeu contar ao Telemoveis.com tudo o que pensa sobre o mercado e o futuro das telecomunicações em Portugal.

Nome: Jaime Ferreira
Naturalidade: Lisboa, Portugal
Habilitações literárias: Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e Computadores pelo IST e pós-graduação em Gestão/Marketing pela Univ.Católica.
Primeiro emprego e percurso profissional até à actualidade:
A sua carreira profissional começou na Siemens, na qual permaneceu 5 anos, passando depois pela Rockwell e pela Vodafone, onde, durante 4 anos, foi responsável pela carteira de grandes contas da Banca e Seguros. Em 2003, aceitou o desafio lançado pela Samsung para desenvolver a área de telemóveis da empresa no mercado nacional.

Telemoveis.com: Como caracteriza o actual estado do mercado de telecomunicações em Portugal?

Jaime Ferreira:
O estado actual do mercado de telecomunicações móveis é, no meu entender, de alguma ebulição, com a aposta dos operadores num crescimento rápido da adopção da terceira geração por parte dos consumidores. Esta situação causa forte concorrência, quer através da proposta de novos tarifários, como de descidas dos preços de equipamentos 3G, alguns dos quais fortemente subsidiados. Esta processo irá prolongar-se até fim de 2005 e provavelmente ao longo de 2006.
 

Telemoveis.com: Quais serão as suas tendências futuras?

JF:
Tendências futuras são claramente as funções multimédia e a banda larga (3G), criando uma verdadeira convergência digital nos telemóveis. Exemplo desta evolução é o facto da Samsung lançar, no ano passado, um telemóvel com câmara com resolução de 1 megapixel, este ano ir lançar, muito em breve, um aparelho com câmara de 2 megapixeis e, até ao Natal, ir introduzir um telemóvel com câmara de 3 Megapixeis. No mercado coreano, foi já lançado um telemóvel com câmara de 5 megapixeis.
 

Telemoveis.com: Têm definidas grandes apostas a médio/longo prazo para o mercado português? E objectivos quanto à posição que pretendem assumir no ranking em termos nacionais?

JF:
A aposta da Samsung de longo prazo é a liderança do mercado português em 2010 (daqui a 5 anos). No médio prazo, é a consolidação da segunda posição em valor já atingido no primeiro semestre deste ano e a manutenção da liderança no segmento 3G.
 

Telemoveis.com: Como é realizado o serviço pós-venda? Qual a vossa rede de estações/oficinas de reparação, atenção ao cliente, helpdesks…?

JF:
O serviço pós-venda da Samsung é realizado através de dois concessionários especializados que recebem formação continua da Samsung e que estão presentes através de lojas próprias e principalmente no “backoffice” das Megastores dos operadores. Com este modelo de organização e também através de linha de “call center”, a Samsung acaba por ter um serviço de pós venda muito próximo do consumidor.
 

Telemoveis.com: Como é a relação da Samsung Portugal com a casa mãe (Samsung)? Quais são os departamentos que a Samsung Portugal possui? Onde estão situados?

JF:
A relação com a casa mãe é uma relação directa de uma filial. Este facto deve-se à existência de várias áreas de negócio na Samsung que poderemos resumir em 4 departamentos: Telecomunicações (telemóveis), Electrónica de Consumo (LCd´s,DVD,..), Informática (Monitores TFT, notebooks,..) e Linha Branca (Ar condicionado, frigoríficos,..). A Samsung está localizada em Oeiras e emprega cerca de 70 pessoas.
 

Telemoveis.com: Algumas empresas optam pela aglutinação da Península Ibérica, enquanto outras preferem uma individualização de Portugal face a Espanha. Qual a vossa posição em termos organizacionais da empresa e de apostas de mercado? Porquê?

JF:
A relação com a sede é uma relação directa não havendo qualquer dependência ibérica. Isto significa que a estratégia de vendas e marketing é realizada e implementada tendo em conta a realidade local. Esta situação facilita também a alocação de quantidades de telemóveis necessários para mercado Português.
 

Telemoveis.com: Já assistiu a alguma edição da CeBIT? Tem aspectos a salientar da experiência? Acha que continua a ser o evento de referência no mundo das Telecomunicações?

JF:
Sim, é frequente ir à Cebit, em Hannover. Pelo número de expositores e pelos produtos inovadores que são revelados todos anos no certame, considero ser fundamental participar/visitar esta feira de tecnologias. Continua, no meu entender, a ser referência no mundo de telecomunicações.
 

Telemoveis.com: O que pensa da Comtec? A empresa participou? Considera que o evento corresponde às necessidades do nosso mercado e dos seus players ou preferia o anterior modelo da Inforpor/Expotelecom? Que periodicidade pensa ser a mais correcta?

JF:
A Comtec tem tido um alguma desatenção das principais empresas do sector, criando deste modo também um decréscimo de visitas. Provavelmente a periodicidade ideal seria bianual com uma preparação e uma divulgação junto às empresas do sector mais agressiva por parte dos organizadores do evento.