Entrevista a Nuno Parreira, Head of IM da Samsung Portugal
Nuno Parreira, director de informação e mobilidade da Samsung Portugal, conversou com o Telemoveis.com sobre alguns tópicos da actualidade
- Lauro Lopes
- 24/12/2014
- Mobile, Samsung

A entrevista a Nuno Parreira, Head of IM da Samsung Portugal, decorreu num contexto em que tanto a representação portuguesa da empresa como a sua cara internacional estiveram envolvidas em acontecimentos com diferentes relevâncias.
No caso da Samsung Portugal, esse contexto implicou a participação em diversos projectos de cariz pedagógico – que tanto o Telemoveis.com como o iOnline cobriram – e na doação de equipamentos da marca a entidades como escolas e hospitais. Como a entrevista foi realizada num contexto onde a o cenário nacional da Educação e a sua relação com as tecnologias foi discutida – recordo o debate levantado pela implementação do projecto Magalhães -, parte da entrevista procurou reflectir a ocasião em que foi realizada.
Num plano mais internacional, também foi notícia a quebra de relações entre a Samsung e a NVidia. Apesar de também ter abordado esta questão durante a entrevista, é política da Samsung não comentar a sua relação com parceiros de negócios.
A Samsung está envolvida em projectos tecnológicos com uma componente pedagógica (Hospital de São João e uma iniciativa conjunta com a Fundação Gulbenkian, no Alentejo). Como se concretizaram estas iniciativas?
Os Programas Samsung Classroom são uma iniciativa que nos levou à procura de parceiros adequados em Portugal, a começar pelo Ministério da Educação e Ciência. Depois de termos aberto a primeira Sala de Aula Samsung, na Escola Básica de Vale Figueira, no concelho de Loures, em 2013, este ano aprofundámos a parceria que já tínhamos estabelecido com a Fundação Calouste Gulbenkian para a abertura de sete novas salas no Alentejo, nas Escolas de Ponte de Sor, Vendas Novas e Vidigueira.
Entretanto, abordámos o Ministério da Saúde para a abertura de cinco destas salas em cinco serviços de Pediatria ou Hospitais Pediátricos (Hospital de São João, já aberta, Pediátrico de Coimbra, IPO Lisboa, Hospital Dona Estefânia e Hospital de Faro). Acima de tudo, a Samsung pretende demonstrar que a tecnologia tem um papel relevante a desempenhar na sala de aula, permitindo a professores e alunos uma forma de aprender ainda mais motivadora e apelativa.
No caso concreto dos hospitais, a Sala de Aula Samsung vai permitir o contacto entre as crianças e jovens internados e as escolas de origem, de modo a que o internamento não signifique necessariamente a interrupção da educação.
A Universidade Portucalente analisou recentemente um projecto nacional e concluiu que este não foi devidamente integrado no ambiente lectivo. Como é que um projecto tecnológico com orientação pedagógica pode ser bem-sucedido?
Sem comentar o estudo a que faz referência, a Samsung sempre teve, desde o início, a preocupação primordial de envolver toda a comunidade educativa em torno das escolas onde foram instaladas as Salas de Aula Samsung, a começar pelos professores, aos quais estamos, nós próprios ou em parceria, nomeadamente com a Fundação Gulbenkian e a Universidade de Évora, a dar formação específica.
A relação da Samsung com a NVIDIA também tem sido reportada como sendo atribulada. A Samsung valida esta ideia?
A Samsung não comenta em público a relação que tem com os seus parceiros de negócio.
A ideia de que o segmento médio do mercado vai ser a next big thing para as fabricantes parece reunir algum consenso geral. Nesse caso o que vai acontecer ao segmento alto do mercado?
A Samsung orgulha-se de ter uma presença no mercado com soluções transversais a todos os segmentos. Faz parte da nossa estratégia de querer estar mais perto do consumidor, com produtos que lhe proporcionem experiências tecnológicas de topo, aliadas a um design irreverente e à capacidade constante de inovar.
Assim, todos os segmentos são importantes para nós, ocupando cada um a sua justa posição nos nossos resultados. Desta forma, continuaremos a apostar em produtos premium, como o recente Galaxy Note 4, que, ao combinar a evolução da S Pen, reúne funcionalidades ainda mais avançadas para uma experiência de mobilidade única na gama Note da Samsung.
Também há uma nova vaga de fabricantes chinesas que apostam numa estratégia muito agressiva de dispositivos a preços mais acessíveis. Serãi estas empresas um risco para a posição dominante da Samsung? Como é que a empresa pretende responder a esta situação?
O nosso objetivo é claro, manter o bom desempenho da marca no mercado Português, à semelhança do que tem acontecido no estrangeiro. Estabelecemos, todos os anos, metas ambiciosas e pensamos estar no bom caminho para as cumprir. De qualquer forma, o nosso trabalho está focado em disponibilizar as melhores soluções a nível tecnológico aos nossos consumidores, ou seja, queremos otimizar a sua a vida profissional e pessoal.
Os ‘wearables’, em particular o segmento dos relógios inteligentes, ainda não sofreram o tão esperado ‘boom’ de popularidade que se previa. O que vêm acrescentar à vida de quem já utiliza um smartphone no seu dia a dia?
Os produtos wearable trazem funcionalidades novas e inovadoras que dão aos consumidores uma experiência de conectividade sem precedentes. Por exemplo, o novo Samsung Gear S é um dispositivo wearable inteligente que irá permitir aos consumidores uma vida verdadeiramente conectada em qualquer lado e a qualquer hora.
Ao instalar-se um cartão SIM no Gear S, torna-se possível a independência completa do smartphone. Desta forma, concede-se ao utilizador a liberdade para desfrutar dos seus equipamentos inteligentes sem a necessidade prévia de ter que levar consigo diversos produtos – seja enquanto pratica desporto, enquanto se diverte, ou enquanto efectua qualquer tarefa diária. Além disso, apresenta um ecrã Super AMOLED ergonómico e curvo e uma bracelete flexível que se adapta naturalmente ao pulso.
A inovação e design destes equipamentos trazem benefícios valorizados pelo consumidor final, não só através das suas funcionalidades, mas, também, pela sua estética.
Algumas informações recentes também sugerem que as vendas do Samsung Galaxy S5 não estão, em geral, a corresponder às expectativas da empresa. Como foi o desempenho do Galaxy S5 no mercado português? Existem números que nos possam disponibilizar?
O ano de 2014 tem sido muito positivo para a Samsung no geral e para a área de mobile também. Apesar não podermos revelar dados locais, posso avançar que em Portugal, o Galaxy S5, desde o seu lançamento, e no mesmo espaço temporal, superou as vendas do Galaxy S4.
Isto faz do Galaxy S5 um sucesso e demonstra a solidez da marca no mercado português e que efectivamente a Samsung é uma marca de preferência dos consumidores. A estratégia de Samsung tem estado assente na aposta de produtos de valor acrescentado, produtos de excelência e o que vemos é que os consumidores acompanham esta aposta.