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Entrevista Vodafone 3G

Luísa Pestana apresenta-nos os serviços 3G da Vodafone e reflecte sobre a maneira como o operador britânico está a encarar este novo desafio.

O Telemóveis.com lançou o repto às três operadoras para responderem a um questionário sobre a chegada da Terceira Geração ao nosso pais. Todas responderam, e aqui vos apresentamos o primeiro contributo que chegou à nossa redacção, uma entrevista via e-mail com a Dra. Luísa Pestana, Directora de Comunicação Institucional, Apoio à Gestão e Responsabilidade Social da Vodafone Portugal.

Telemoveis.com: Quais os conteúdos, serviços e aplicações para os quais têm maior expectativas de mercado? Já definiram uma «killer application?»

Luísa Pestana: Estima-se que toda a área do messaging, nomeadamente o acesso rápido ao e-mail, seja o serviço 3G mais importante para os clientes empresariais. Nos particulares, estima-se que a área mais procurada seja a das mensagens multimédia (imagem/vídeo).

T: Quais as principais barreiras e os factores potenciadores para uma adopção maciça desses conteúdos, serviços e aplicações?

L.P: Principal barreira: disponibilidade de terminais em variedade e qualidade.
Principal factor potenciador: baixo preço dos terminais (abaixo dos 250/200 euros).

T: Quando acham que o serviço vai estar normalizado, que fará parte do quotidiano das pessoas, ser um «mass-service»? Qual é o «target» do serviço?

L.P: A migração para 3G/UMTS será gradual, até porque os preços dos terminais ainda são elevados e a variedade de modelos é reduzida. Só será possível assistir a uma massificação da terceira geração quando existirem no mercado telefones a preços inferiores a 250/200 euros.

Estimamos que, até ao final de 2005, 10% dos clientes sejam já utilizadores da tecnologia 3G/UMTS, subindo essa percentagem para 50% dentro de 5 anos e para mais de 80% dentro de 10 anos.

T:Como tencionam diferenciar a oferta de conteúdos, serviços e aplicações?

L.P: A Vodafone diferencia-se, desde logo, por possuir uma rede 3G perfeitamente integrada com a sua rede GSM/GPRS e com o equipamento terminal inicialmente lançado. Por outro lado, a sua rede 3G garante o handover automático e melhor qualidade de voz, para além de apresentar elevados níveis de performance de rede. A Vodafone diferenciou-se ainda, e claramente, pela qualidade do equipamento Vodafone live! 3G lançado, um terminal pequeno e leve com um visor de alta resolução.

Tirando partido das sinergias globais, a Vodafone Portugal vai apostar fortemente no 3G e manter a sua forte diferenciação, através concretamente:
– de uma cobertura de rede abrangente, de qualidade e âmbito superiores à da concorrência;
– da diversidade e qualidade dos terminais disponíveis, introduzidos no mercado primeiro do que a concorrência e apresentando uma clara vantagem na relação qualidade/preço;
– da diversidade e qualidade dos conteúdos do portal Vodafone live!, captando conteúdos internacionais e em muitos casos exclusivos;
– duma comunicação agressiva e marcadamente new and cool, dirigida aos utilizadores jovens e com apetência tecnológica.

Não divulgamos a diferenciação futura por razões competitivas.

T: Quais são as expectativas de receitas do novo serviço?

L.P: Não estamos a divulgar o número de Clientes que já aderiu aos serviços 3G da Vodafone ou as receitas esperadas com este novo serviço. No entanto, podemos referir que o balanço até à data é bastante positivo, estando a introdução desta nova tecnologia a decorrer de acordo com o plano que delineámos.

Acreditamos que a Terceira Geração (3G) vem transformar a forma de comunicação móvel, em termos de novos serviços e interactividade, graças ao potencial de velocidade e largura de banda da rede 3G/UMTS da Vodafone.

A 3G vem dar uma nova dimensão e emotividade às comunicações inter-pessoais, com as suas videochamadas, acesso à televisão em directo (live! TV) e a novos conteúdos multimédia, tais como videoclips de música e toques reais com voz. Vem, também, aumentar significativamente a rapidez de acesso, de download de jogos e toques, visualização de golos, trailers de cinema e vídeos de desportos radicais, entre outros.

T: Quais são os planos de expansão da cobertura?

L.P: Com um investimento realizado de mais de 230 milhões de euros (em que 100 milhões de euros dizem respeito à licença UMTS), a Vodafone tem actualmente uma rede com mais de 700 estações que garante a seguinte cobertura 3G:
    -Grande Lisboa (Cascais, Amadora, Loures, Sintra, Odivelas, Oeiras, Almada, Seixal, Setúbal) Grande Porto (Gaia, Gondomar, Maia,         Matosinhos, Valongo, Espinho, Povoa do Varzim, Vila do Conde)
    -Coimbra
    -Aveiro
    -Braga
    -Faro
    -Figueira da Foz
    -Leiria
    -Setúbal
    -Viseu
    -Principais zonas do Algarve (Aeroporto, Alagoa,Albufeira, Almancil, Altura, Alvor, Cabanas, Fuzeta, Galé, Lagos, Loulé, Manta Rota, Montechoro, Olhão, Olhos d’Água, Quarteira, Pêra, Portimão, Praia da Luz, Praia da Rocha, Quinta do Lago, Silves, Tavira, Vale do Lobo, Vilamoura, Vila Real de Santo António)
    -Madeira (Funchal)
    -Açores (Ponta Delgada e Angra do Heroísmo)

Será muito em breve alargada a cobertura 3G a outras zonas algarvias (Monte Negro, Armação de Pêra, Oura, Monte Gordo, Carvoeiro) e às Lages nos Açores

Até ao final do ano, a Vodafone cobrirá todas as capitais de Distrito com a sua rede 3G/UMTS

Através dos acordos de roaming 3G firmados pela Vodafone, já é possível utilizar os serviços 3G no estrangeiro nos seguintes países: Alemanha, Espanha, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Reino Unido e Suécia.

T: Acham que existe espaço para três operadoras fornecerem o serviço?

L.P: Trata-se de dar continuação à situação de mercado existente actualmente.

T: Quando pensam que a tecnologia da Videochamada irá atingir o ponto de maturação?

L.P: A videochamada é um serviço novo. Ainda não sabemos qual a apetência dos nossos clientes para este novo serviço de terceira geração.

T: Tencionam baixar as tarifas à medida que o número de clientes vá aumentando, ou o serviço é definitivamente muito mais caro?

L.P: Não divulgamos por razões competitivas.

T: Encaram o Wi-Fi como um potencial concorrente?

L.P: Encaramos o Wi-Fi como uma tecnologia complementar. Não concorre com o UMTS dada a sua aplicação limitada em locais bem definidos, como hotéis, aeroportos, centros de congressos, entre outros.

T: Qual é a vossa previsão de % de utilizadores 3G no final de 2004 e no final de 2008?

L.P: Estimamos que, até ao final de 2005, 10% dos clientes sejam já utilizadores da tecnologia 3G/UMTS, subindo essa percentagem para 50% dentro de 5 anos e para mais de 80% dentro de 10 anos.

T: Quais foram as verdadeiras razões da demora da implementação comercial do serviço? Falta de maturidade do mercado? Poucos terminais UMTS?

L.P: Atrasos na disponibilização da tecnologia UMTS tanto em termos de infra-estrutura de rede como de equipamentos terminais.