Ericsson bem-amada, mal-amada

Lançamento do R520 alvo de uma cortina de fumo…

A Ericsson dá-se muito mal com rumores. Ou a contra-informação da concorrência trabalha muito bem ou o seu serviço de relações com a Imprensa é excepcionalmente inepto. A verdade é que a companhia sueca não se tem conseguido livrar de sucessivas ondas de rumores mal intencionados. O último diz respeito ao seu recém lançado modelo R520, um dos mais geniais e inovadores terminais lançados nos últimos meses.

Com uma estética audaz, tempos de conversação ineditamente longos até 9 horas, GPRS, HSCSD, Bluetooth, WAP 1.2.1 integrado num browser e num sistema de menus excepcionais, o telefone seria mais facilmente mencionável pelo que trouxe de novo e arrojado.

Sucede que, devido a pequenos desajustes de fabrico a nível das baterias, a Ericsson verificou que o consumo de energia do telefone estava a ser superior ao esperado. Perante o problema, que afectou as unidades vendidas no mercado sueco e em mais dois países europeus não especificados, a marca não hesitou quanto ao prosseguimento: desde dia 10 de Abril que todos os modelos R520 estão a ser recolhidos à casa mãe. Um gesto raro de auto-responsabilização, com a substituição sem custos e a assunção integral da garantia.

Infelizmente, à Ericsson não deixam de lhe ladrar às canelas. Nem mesmo com a transferência anunciada da produção para a Flextronics de Singapura. Em face dos problemas verificados com o que promete ser a última produção de um modelo da Ericsson na Suécia (o R520) esta transição da produção constitui, aliás, outra das questões muito controvertidas pelos inimigos da marca. Afinal, pelo que se pode ver, não é senão razoável pensar que a empresa de Singapura, país conhecido pelo seu rigor, pode facilmente assegurar uma qualidade de produção superior à garantida pelo fabrico sueco.

Ericsson R520 no nosso Expositor