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Ericsson com a corda na garganta

A Ericsson não tem meios de ver uma luz ao fundo do túnel. Nem a parceria com a Sony parece estar a ajudar.

O fabricante sueco de telemóveis está a fazer uma autêntica travessia no deserto. A conjuntura mundial não ajuda. Os operadores empenharam-se forte e feio para o UMTS, que nunca mais arranca. A concorrência bate-a aos pontos e nem mesmo aos americanos a Ericsson para conseguir chegar. É só remar contra a maré.

É tudo mau demais para ser verdade. A Ericsson atravessa uma crise de resultados sem precedentes na história da companhia e está a ver-se ultrapassada por todos os concorrentes, num período de afirmação importante, como é o das baixas económicas e financeiras.

Tem os principais mercados europeus todos bloqueados pela eterna rival Nokia, e nem sequer o mercado mais liberal dos Estados Unidos a Ericsson consegue tirar à Motorola, a jogar em casa. Embora ainda seja do outro lado do Atlântico que a Ericsson espera conseguir alguma coisa de positivo. Mas, diga-se, também, que os norte-americanos não são muito entusiastas em relação às telecomunicações móveis.

A Ericsson luta, agora, pelo último lugar do pódio. Chegou mesmo a perder a terceira posição de maior fabricante de telemóveis para a alemã Siemens, mas conseguiu recuperar. Todas as expectactivas internacionais da multinacional sueca saíram goradas. Esperavam uma subida de 20%, com obtenção de lucro de 10% e, segundo o presidente administrativo Kurt Hellstrom, “não está à vista o fim da linha descendente. O mercado ficou de tal forma instável que não há nada a fazer, a não ser controlar as despesas”.

Uma declaração ao site tecnológico do Washington Post que deixa mesmo a ver o verdadeiro estado de desespero da Ericsson. A parceria assinada com a japonesa Sony (para o fabrico conjunto de telemóveis, só terá efeitos a partir de 1 de Outubro, embora uma marca comum só deva aparecer no segundo semestre de 2002.

Um longo caminho a percorrer, ainda, por um dos maiores fabricantes de telemóveis do mundo.