Ericsson T20e: o brinquedo multifunções

Ao primeiro contacto com este telefone, a primeira ideia que nos veio à cabeça foi: “Olha… parece um daqueles telemóveis que oferecem com os chupa-chupas”. Mas felizmente provou ser bem mais do que isso.
Mal pegámos no telefone, e porque esteve na nossa posse ao mesmo tempo que o T29s, entretanto já revisto, o que se evidenciou logo ao primeiro contacto foi que o sistema de tampa é igual.
A animação mal se liga o telefone é fantástica. É como se a Ericsson o saudasse com um beijo e um olhar. E vai mais longe, se o detentor tiver um cable do tipo D128 pode fazer um scan da foto da sua amada, juntar-lhe um som, personalizando assim o arranque do seu telemóvel.
É definitivamente um telemóvel que visa o público feminino, tem umas linhas mais arredondadas que os restantes modelos da marca sueca, tem cores variadas das quais destacamos o rosa, ou então o contraste entre o branco e o azul bebe, que por certo farão as delicias das adolescentes de Campo de Ourique ou Cascais.
O visor é pequeno, com apenas três linhas. Para SMS ainda escapa, mas no que concerne a navegação em WAP aí… mas já lá iremos. Primeiro o Menu, simpático, fácil de usar e em tudo semelhante ao T29s. Mas nem tudo são rosas, o espaço de tempo que vai do momento em que se prime a tecla, e que o resultado de facto aparece expresso no visor é excessivamente longo, pelo menos para nós que somos uns furiosos da tecla e do SMS. Mas pode sempre recorrer sempre ao chatboard. E se for daqueles que possui amigos pelos quatro cantos do mundo, saiba que pode combinar com eles em beats. Pois é, o T20e possui o Swatch® Internet time.
Como já foi dito, o ecrã é de facto pequeno. Torna-se maçador, já que normalmente só apresenta o topo das páginas, já para não para falar do constante scrolling. As notícias a ler tornam-se um desafio.
O WAP browser 1.1 trabalha na perfeição, e a sua configuração, normalmente um verdadeiro quebra-cabeças para os inexperientes, é simples. Pode fazê-lo manualmente, via operador se vier incluído no pacote, ou então via SMS, tal como no caso T29s.
O envio de links é uma opção muito agradável a ter em conta. Poderá enviar o seu site WML favorito para alguém que tem WAP mas não usa, devido à recente demanda contra este protocolo.
Com o terminal propriamente dito, vinha um pequeno brinde. Um leitor de MP3. Gostámos dos auscultadores, estilizados com símbolo da Ericsson, grande pinta. O leitor é pequeno mas quando acoplado no telefone, torna o conjunto um pouco incómodo, estamos a falar claro, dos bolsos das calças. Num casaco até dá. O passo seguinte foi instalar o software e a drive periférica para gravar as suas músicas para a memo card de 32 Mb. Pouco, muito pouco. Infelizmente a instalação do periférico também não foi pêra doce. No Windows 2000 vai encontrar dificuldades, mas com ajuda de um software da Ericsson, que se encontra no site atrás referido, e escolhendo por esta ordem (Products,Software, Ericsson Software, HPM-10), encontrará a solução. Tem de se registar. Em Windows 98 corre na perfeição.
Para fazer os seus downloads, é fácil, usando a táctica drag and drop. Assim, nem mais nem menos. O pior é o tempo que se tem que esperar: Se faz tensões de o usar de manhã, aconselhamos vivamente a fazer os downloads na noite anterior, senão atrasar-se-á. Em termos de fidelidade, é boa, não nos podemos queixar. Quanto ao volume de som, aí sim, dizemos, é insuficiente, toca baixo demais. Mas nunca tinhamos tido um telefone a dar música, por isso, só pela excitação, valeu a pena.
O T20 é pequeno, feminino e charmoso, e alguns dias após a sua compra já estará habituado à sua estética de brinde de chupa-chupa. A tecnologia deste telefone é fiável, o que se traduz em conversações telefónicas não interrompidas, e boa navegação. Embora não seja o telemóvel do nossos sonhos, gostámos.
Para ver as características técnicas aqui