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Espanha controla telemóveis

Estratégia da luta contra o terrorismo.

As autoridades de Madrid poderão vir a impor aos operadores de telefonia móvel que conservem durante pelo menos um ano os dados das chamadas feitas a partir de telemeóveis (hora, localização das chamadas e destinatários), segundo o diário.

O jornal refere que a polícia espanhola pediu ao Ministério do Interior que ponha termo ao anonimato da grande maioria de utentes de telefones móveis que optaram pelas recargas pagas antecipadamente em Espanha.

Os autores dos atentados de 11 de Março de 2004 em Madrid (191 mortos e 1.900 feridos) utilizaram aparelhos com cartões pré-pagos para comunicar entre si e activar os sacos carregados de explosivos que depositaram em comboios suburbanos madrilenos à hora de ponta da manhã.

Dos 39 milhões de utilizadores de telemóveis em Espanha, 15 milhões são titulares de assinaturas contratadas no seu nome junto dos operadores, de acordo com o «El Pais». Mas os 24 milhões restantes optaram pelo sistema de pagamento adiantado, como foi o caso dos autores do 11 de Março.

Desses 24 milhões de utentes, cerca de 30% são conhecidos dos operadores por terem comunicado a sua identidade durante operações de promoção, mas cerca de 16 milhões continuam totalmente anónimos.

Na Europa, só a Suíça impôs a identificação dos compradores tanto de terminais como de cartões pré-pagos.