*Artigo publicado também no iOnline
Tanto o hardware como o software do primeiro scanner 3D da BQ – chama-se Ciclop – são livres. A empresa pretende com isto permitir que a comunidade possa utilizá-lo e inovar com ele, mas também fazer as suas próprias alterações. E partilhá-las.
[relacionadas_esquerda]Em termos técnicos, a BQ descreve o Ciclop como sendo um scanner laser rotativo, de triangulação 3D. Ou seja, utiliza luz laser para capturar a geometria e a textura do objecto, que roda sobre uma plataforma giratória. A digitalização é feita através do Horus, uma aplicação multiplataforma livre, também desenvolvida pela empresa.
O Ciclop vem assim juntar-se ao kit de impressão 3D da empresa espanhola, chamado Prusa i3 Hephestos. Também aberto, para que a comunidade possa modificar e fazer evoluir. « Com ele, o utilizador pode construir a sua própria impressora 3D partindo do zero », explica a BQ.
A outra impressora 3D da BQ
Chama-se Witbox e foi recentemente seleccionada como sendo a quarta melhor impressora 3D do mundo, de acordo com o Top 15 Quality Ratings da 3D Hubs. Inclui um sistema de impressão inspirado na curva de Fibonacci, com um tubo em PTFE para a passagem do filamento – o que vai permitir um roçamento mais reduzido do filamento, assegurando que o sistema de alimentação fique no interior da impressora, sem sobressair.
Kit de robótica em exibição
A empresa também levou à CES a sua própria proposta para a área da robótica – um ecossistema que inclui hardware, software e material didáctico. O produto chama-se “Mi Primer Kit de Robótica” e inclui todos os componentes necessários para montar um robô ou um jogo electrónico a partir do zero.
Em termos de hardware, a placa ZUM BT-328, compatível com Arduino, permite criar circuitos electrónicos capazes de receber informação e realizar actividades.
Rodrigo del Prado Diretor-geral adjunto da BQ comenta: « A CES serve de local para a apresentação a nível mundial da nossa divisão de impressão 3D, especialmente do nosso último produto, o kit de scanner 3D Ciclop. Mas o que nos entusiasma de forma especial é apresentar globalmente o nosso projecto de robótica educativa, porque acreditamos que vai contribuir para que as crianças desmitifiquem a tecnologia e aprendam a utilizá-la, mas também a criá-la elas próprias ».
