O leitor não terá muitas oportunidades de ler Xiaomi e Gresso na mesma página, tão próximas uma da outra. É que as duas marcas actuam em espectros opostos do mesmo mercado.
Enquanto que a Xiaomi é mais popular por lançar propostas cujo preço-qualidade deu origem às actuais dores de cabeça da Samsung, a Gresso é uma marca premium – em esteróides – a quem não interessam mais do que umas centenas de utilizadores por dispositivo.
O Regal Black Edition é um exemplo disso mesmo. Com um aspecto capaz de fazer inveja aos novos iPhones, é a correr Android que este telemóvel de 5 mil dólares – $5000 – se encontra. E sim, o leitor leu bem o preço. Se servir de algo, não foi o valor mais absurdo que já conheci.
E o que recebem os 999 potenciais compradores (a Gresso limitou o seu telemóvel a 999 unidades) do Regal Black Edition em troca? Primeiro, o impressionante: um telemóvel construído à base de titânio e com acabamentos em ouro de 18k. Este aparelho em particular também é construído à mão.
Seria de esperar, contudo, que por 5 mil dólares houvesse mais algum valor a acrescentar ao seu telemóvel que não se baseasse puramente em estética e status – o ecrã de 5 polegadas é apenas Full HD, e tendo em conta que existem propostas bem mais acessíveis a apresentar ecrãs 4K, seria de esperar maior competitividade da parte da empresa.
Outras características puramente medianas – e perdoem-me a franqueza, mas por 5 mil dólares creio que podemos ser muito exigentes com os produtos que temos à nossa disposição – incluem:
• 2 GB de RAM
• Processador quad-core de 1.5 GHz
• 32 GB de armazenamento interno
• Câmara de 13 MP + 5 MP (frontal)
• Android 4.4 KitKat
