Este smartphone resolve limitações na autonomia com uma bateria de 10.000 mAh
O Oukitel K10000 é o telemóvel certo para quem passa muitos dias longe do carregador, mas sem abdicar da experiência Android.
- Lauro Lopes
- 23/11/2016
- Android, Mobile
A última vez que acampei foi em Agosto de 2016. Na altura fui com um grupo de amigos para um festival de dois dias e levei comigo um telemóvel com uma respeitável bateria de 4100 mAh.
Saí de Lisboa em direcção a Aveiro com a bateria quase no máximo, mas quando cheguei ao meu destino – usei várias vezes o GPS para me guiar – não tinha mais de 20% de bateria. Passei o resto do fim-de-semana com o telefone desligado e, quando o ligava, tinha de ser em modo de ultra-poupança de energia.
Mas 4100 mAh são mais do que razoáveis para um telemóvel. O standard actual situa-se nos 3000 mAh, mas telemóveis mais compactos podem ostentar baterias entre 2500-2800 mAh. Também não é incomum ver phablets equipados com baterias entre 3500-4000 mAh.
O Asus Zenfone 3 Max vai mais além e inclui uma bateria de 5000 mAh.
Mas nada disto impressiona tanto quanto o Oukitel K10000, um telemóvel chinês com uma bateria de 10.000 mAh. O Oukitel K10000 aguenta 10 dias de utilização moderada antes de precisar de novo carregamento.
A marca também diz que o K10000 consegue carregar totalmente até três unidades do iPhone 6 e ainda guardar uma autonomia de 10%. São, contudo, necessárias três horas e meia para carregar totalmente esta bateria.
Lançado na Ásia em Dezembro de 2015, é ainda assim um smartphone de gama média com características muito pouco impressionantes para além da bateria. Com excepção para o design, que foi necessário adaptar para alojar uma bateria tão monstruosa.
Se a ideia foi potenciar ao máximo a sua autonomia, não descartando o conforto, então as suas características técnicas revelam várias opções inteligentes. Por exemplo, o ecrã em alta definição (720 x 1280 píxeis, 267 ppi) vai ter sempre um consumo menor do que um ecrã de maior resolução.
A autonomia teria sido mais beneficiada com um ecrã AMOLED, mas a empresa optou por um IPS LCD. Por ser retroiluminado, terá sempre um impacto superior na bateria, mas a escolha de um AMOLED poderia ter encarecido o telemóvel.
O processador de 1 GHz, quad-core, também consegue garantir um balanço equilibrado entre desempenho e gestão inteligente de energia. Quanto aos 2 GB de RAM, que em Dezembro de 2015 eram o standard de qualidade para as gamas médias, asseguram que o Oukitel K10000 tem um desempenho satisfatório.
Em algumas cadeias de retalho internacionais o Oukitel K1000 custa 300 dólares, um valor que parece exagerado face às características que oferece. Apesar da fantástica proposta de autonomia, há opções igualmente práticas por valores mais acessíveis. Mesmo que isso implique abicar do conforto da experiência de um smartphone.
Outras características incluem 16 GB de armazenamento expansíveis, suporte Dual SIM e uma câmara de 8 MP (2 MP frontais). O Oukitel K10000 também suporta redes 4G e corre Android 5.1 Lollipop.
Este telemóvel custa 210€ em algumas cadeias de retalho especializadas.
Imagem: Everbuing