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EUA propõem ‘modo de condução’ que bloqueia funcionalidades do telemóvel ao volante

A ideia foi proposta pelas entidades responsáveis pela segurança rodoviária nos Estados Unidos.

 

É no excesso de confiança que os portugueses mais pecam ao volante.

Um estudo da Deco, divulgado em Fevereiro de 2016, revela que os maus hábitos mais populares entre os condutores portugueses são o excesso de velocidade e falar ao telemóvel. A maioria das infracções são cometidas dentro de localidades.

Tudo isto poderá vir a ser prevenido se, nos Estados Unidos, a proposta para a criação de um ‘modo de condução’ avançar. As autoridades que regulam a segurança rodoviária dos EUA estão a pressionar as fabricantes de telemóveis a bloquear o acesso a certas aplicações e funcionalidades durante a condução.

Se este modelo se tornasse bem-sucedido, criaria condições para ser replicado na Europa (e eventualmente em Portugal).

A medida, mais preventiva do que punitiva, foi proposta pela Highway Traffic Safety Administrstion (HTSA), uma espécie de equivalente norte-americana ao IMTT, mas mais focada em regular práticas de condução segura. A HTSA especifica que, a existir, este ‘modo de condução’ deveria ser composto por uma interface básica que minimize distracções ao condutor.

 

2015 foi o ano onde se registou o maior pico de mortes provocadas por acidentes rodoviários dos últimos 50 anos, nos Estados Unidos. E 2016 poderá seguir-lhe o exemplo. O The Verge diz que, entre Janeiro e Junho deste ano, a percentagem de mortes na estrada aumentou em 10%.

Um ‘modo de condução’ para telemóveis poderia ajudar a reduzir estes números. A ideia propõe bloquear, durante a condução, o acesso a aplicações como o Facebook, Twitter, Snapchat ou Instagram. O telemóvel também estaria impedido de reproduzir vídeos, enviar SMS ou sequer redigir texto.

Para reforçar este modo, um dos cenários sugeridos propõe um método de bloqueio automático – sempre que o condutor emparelha o telemóvel com o sistema de multimédia do automóvel, o modo de condução seria activado.

A proposta também reconhece que, apesar da existência de medidas punitivas face à condução distraída, são necessárias mais medidas preventivas.