Schmidt, que esteve presente no Financial Times Innovate America na passada terça-feira, em Nova Iorque, acredita que as preocupações levantadas por personalidades como Stephen Hawking ou Elon Musk são « normais », embora « até certo ponto enganadoras ».
Em relação ao medo de que as tecnologias roubem empregos, um receio que argumentou já não ser de agora, Schmidt também acredita que o progresso tecnológico veio favorecer a humanidade. De facto, para o próprio existe uma relação entre desenvolvimento tecnológico e prosperidade.
« Há muitas provas de que quando os computadores apareceram, os salários subiram », disse. « Existem muitas provas de que as pessoas que trabalham com computadores são melhor pagas do que aquelas que trabalham sem ».
Isto não significa que não existam riscos derivados deste desenvolvimento tecnológico. De facto, para Eric Schmidt deveria ser o sistema educativo a fornecer às novas gerações as competências necessárias para trabalharem em conjunto com estas novas ferramentas inteligentes.
« A preocupação correcta (…) é o que vamos ter de fazer para melhorar o sistema educativo e os sistemas de incentivos em todo o mundo, de forma a obtermos pessoas preparadas para este novo mundo, de forma a poderem maximizar os seus rendimentos ».
Os receios actuais parecem sugerir que a humanidade se prepara para lidar com máquinas muito sofisticadas. O que, até certo ponto, é verdade – apenas não num grau tão profundo quando se pensa, pelo menos para já.
O presidente do conselho de administração da Google deu o exemplo da gigante norte-americana que, há alguns anos atrás, desenvolveu uma rede neural com capacidade de aprendizagem. O passo seguinte envolveu a exibição de 11 mil horas de vídeos do Youtube a este sistam, que sem qualquer treino foi capaz de descobrir o conceito de « gato ».
« Não tenho bem a certeza sobre o que dizer em relação a isso, excepto que é o ponto onde estamos ».